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terça-feira, 25 de maio de 2010

Nenhum Olhar de José Luís Peixoto

Li este livro pela primeira vez na altura em que ganhou o Prémio Literário José Saramago (2001). Confesso que o comprei por causa da politica do circulo de leitores (tem de comprar pelo menos um livro por revista no primeiro ano) não conhecia o autor e não havia mais nada naquela revista que me agradasse.
E apaixonei-me pela escrita deste ainda jovem escritor ( nasceu a 4 de Setembro de 1974).
José Luís Peixoto tornou-se um nome incontornável da literatura nacional nos últimos anos. E já é um autor reconhecido internacionalmente (este "Nenhum Olhar" fez parte da lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra em 2007); Em 2008, após a edição de «Nenhum Olhar» nos Estados Unidos (sob o título «The Implacable Order of Things», este romance foi integrado na selecção semestral "Discover Great New Writers" das livrarias Barnes & Noble, sendo o único romance em língua estrangeira a fazer parte dessa lista, o que lhe facultou uma exposição excepcional na maior cadeia de livrarias dos Estados Unidos e do mundo.
Os seus romances estão publicados em França, Itália, Bulgária, Turquia, Finlândia, Holanda, Espanha, República Checa, Roménia, Croácia, Bielorússia, Polónia, Brasil, Grécia, Reino Unido, Estados Unidos, Hungria, Israel estando traduzidos num total de 18 idiomas e sendo distribuídos em mais de 40 países. Os seus romances são publicados em algumas das editoras mais prestigiadas do mundo, como é o caso da Bloomsbury (Reino Unido), Doubleday/Random House (Estados Unidos), Grasset e Folio/Gallimard (França), Einaudi (Itália), entre outras...

Da sua já vasta obra fazem parte:
Ficção
2000 - Morreste-me
2000 - Nenhum Olhar (Prémio Literário José Saramago)
2002 - Uma Casa na Escuridão
2003 - Antídoto
2006 - Minto Até ao Dizer que Minto
2006 - Cemitério de Pianos (Prémio Cálamo - Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007)
2007 - Hoje Não
2007 - Cal
Poesia
2001 - A Criança em Ruínas
2002 - A Casa, a Escuridão.
2008 - Gaveta de papéis
Obras de teatro
2006 - Anathema Estreada no Theatre de la Bastille em Paris.
2007 - À Manhã Estreada no Teatro São Luiz em Lisboa.
2007 - Quando o Inverno Chegar Estreada no Teatro São Luiz em Lisboa.
Textos para músicas
2008 - O Velório de Cláudio ou a Representação Bufa de Personagens Históricas
2008 - Orfeu ed Eurídice (uma adaptação)[4]
Escreveu textos para os grupos A Naifa, Da Weasel, Quinta do Bill, Mísia, Joana Amendoeira.

Sobre este livro:

Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana, o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro, os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona, ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face às dificuldades. «... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final ...»

O que mais me agrada na escrita deste jovem escritor (sim porque ele só é um ano mais velho do que eu portanto um jovem), o que mais me agrada na escrita dele é o dom que ele tem de escrever prosa como quem escreve poesia.

“Hoje o tempo não me enganou. Não se conhece uma aragem na tarde. O ar queima, como se fosse um bafo quente de lume, e não ar simples de respirar, como se a tarde não quisesse já morrer e começasse aqui a hora do calor. Não há nuvens, há riscos brancos, muito finos, desfiados de nuvens. E o céu, daqui, parece fresco, parece a água limpa de um açude. Penso: talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo do céu mas em cima dele; talvez a gente veja as coisas ao contrário e a terra seja como um céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu.”
Deixa-me descansar... Deixa-me adormecer sem temer encontrar-te! E o mundo acabou. Inexplicavelmente, ou sem uma explicação que possa ser dita e entendida. O mundo acabou, como num instante em que se fechassem os olhos e não se visse sequer o que se vê com os olhos fechados. (...). O mundo acabou e nem o tempo prosseguiu. Os minutos não passavam porque não existiam, como não existiam os momentos ou os olhares. O infinito era o infinito de não ser nem infinito, nem nada. A morte não existia no meio de todas as coisas mortas. Não existiam os cadáveres. Tinha morrido a memória da morte. (...). O mundo acabou. E não ficou nada. Nem as certezas. Nem as sombras. Nem as cinzas. Nem os gestos. Nem as palavras. Nem o amor. Nem o lume. Nem o céu. Nem os caminhos. Nem o passado. Nem as ideias. Nem o fumo. O mundo acabou. E não ficou nada. Nenhum sorriso. Nenhum pensamento. Nenhuma esperança. Nenhum consolo. Nenhum olhar.

Talvez e sem exagero um dos melhores romances portugueses dos últimos anos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

FABLES - FÁBULAS LENDAS NO EXILIO de Bill Willingham (texto) e MARK BUCKINGHAM e Lan Medina (desenhos)

Hoje vou fugir ao género habitual das postagens neste blog e vou falar de uma série de banda desenhada. É verdade banda desenhada...

Quem primeiro me falou nesta série foi o César (o nosso "especialista" em BD e fantástico)... Ele descobriu esta série através de familiares que vivem nos EUA. E sim para completar a colecção recorremos ao já tradicional método de sacar versões scaneadas na net... Porque e isso posso garantir, a série é simplesmente fantástica...

Falo-vos da série FABLES - FÁBULAS LENDAS NO EXILIO do escritor Bill Willingham e dos desenhistas Lan Medina e Mark Buckingham:




Uma das coisas que mais me agradou nesta série (mais do que as histórias em si [excelentes]e mais do que a [magnifica] arte) foi o conceito por trás de toda a série:

O que aconteceria se todas as personagens dos tradicionais contos de fada afinal existissem, e tivessem sido forçadas a abandonar a Terra da fantasia, para viver no nosso mundo? O que poderiam a Branca de Neve, o Lobo Mau, o Príncipe Encantado e o Barba-Azul fazer para sobreviver na nossa realidade? Pois bem, preparem-se para descobrir toda a verdade sobre a Comunidade das Fadas e das Fábulas, as personagens “supostamente” imaginárias, que se mudaram de armas e bagagem para Nova Iorque, onde vivem disfarçadamente e dissimuladamente entre os mortais mundanos. E tudo começa quando Branca de Neve, directora assistente do Rei da Comunidade das Fábulas é alertada para o facto de que a sua irmã talvez tenha sido assassinada. E quem melhor do que o Lobo Mau, o Xerife da Comunidade, para investigar!

É verdade que a série acaba com alguns velhos e adorados mitos (o viveram felizes para sempre é treta com apenas uma excepção: a Bela e o Monstro), a linguagem do Pinóquio por vezes deixa um pouco a desejar... Achei piada ao facto do Príncipe Encantado das histórias da Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela ser o mesmo (e de se ter divorciado delas todas...) e há algo de arrepiante na bruxa de Hansel e Gretel - que como disse e bem há uns anos um amigo (e irmão de um dos colaboradores deste blog) é a personagem mais mal interpretada das histórias de encantar - então a senhora constroi uma casa de sonho e chegam dois putos ranhosos e começam a come-la (à casa não a bruxa) e ela não tem o direito de se vingar????

Enfim, se tem saudades das personagens dos contos de fadas e não se importam de os ver como nunca viram não percam esta excelente série....

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lançamento do livro «O Romance da Bíblia» de Deana Barroqueiro

Não tenho tido muito tempo para ver os mails e por isso só hoje é que vi este mail que me enviaram.
A apresentação do livro é hoje (ainda fui a tempo) apareçam e deem o vosso apoio a uma grande escritora. (isto sou eu a dar graxa)...


Caros amigos e amigas

Venho dar-vos notícias do lançamento da minha mais recente obra histórica, O Romance da Bíblia, livro muito diferente de todos os outros. Pode ser uma surpresa, conhecer a minha faceta de escrita erótica.
Fico-vos grata, se anunciarem nos vossos blogues, pois tive grande azar com a marcação do lançamento na Buchholz que mo cancelou por duas vezes, substituindo-os por outros mais mediáticos. O Centro Nacional de Cultura salvou-nos, oferecendo-nos a sua casa para o evento.


C O N V I T E

A Ésquilo – edições e multimédia e o Centro Nacional de Cultura têm o prazer de convidar V. Exa. para o lançamento de O Romance da Bíblia – Uma Visão feminina do Antigo Testamento, de Deana Barroqueiro, que terá lugar no próximo dia 20 de Maio, quinta-feira, às 18.30 horas, no Centro Nacional de Cultura, sito no Largo do Picadeiro, nº 10 – 1º andar, em Lisboa.
Como escreve Maria Teresa Horta, no Prefácio deste livro, a odisseia das mulheres e homens do Antigo Testamento é minuciosamente recriada com «uma escrita toda ela tecida por sensualidades e cintilações audaciosamente irónicas».
A apresentação estará a cargo da Doutora Manuela Gamboa, professora de literatura e investigadora.



O Romance da Bíblia

Um olhar feminino do Antigo Testamento
«O Romance da Bíblia possui o riso que acontece debaixo da palma da mão entreaberta sobre a boca, mas igualmente o desfrute do gozo, ambiguamente trocado, tomado, pelo gosto do outro, no tactear da língua. Um livro de memórias ancestrais, que nos mostra o despertar da mortal e venenosa serpente das seitas religiosas, do obscurantismo, do sexismo com a sua rancorosa face. Mas, O Romance da Bíblia é ainda a beleza traba­lhada, cinzelada, com um bom gosto literário inusitado, eu diria mesmo raro, na ficção portuguesa. (…)


O livro de Deana Barroqueiro traz consigo a visão da mulher. Lúcido olhar, que ao longo dos séculos tem faltado à visitação deste universo da Bíblia: Velho Testamento moralista, repleto de anciãos preguiçosos, libidinosos e lascivos, de brutamontes ignorantes e violadores, convocados por um Deus irado frente à própria incompetência e à própria ima­gem, segundo a qual teria criado o homem, de quem afinal não gosta e castiga. E é precisamente no enredamento deste dilema, que se abrem as páginas do primeiro dos dezanove textos que, fragmentariamente, irão formar um todo literário uno: falando de Noé e de Jacob, de Isaac e de Sansão, de Asmodeu e dos circuncisos, de Labão e de Abraão, arrancando-os do seu pedestal de heróis divinos, com uma habilidosa cruel­­dade implacável.»

Maria Teresa Horta
Crítica Literária

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Conheça a página de Deana Barroqueiro em: http://deanabarroqueiro.blogspot.com
e o blogue: http://conversacomleitores.blogspot.com/

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Nasceu em New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos da América, em 23 de Julho de 1945. Atribui à sua ascendência murtoseira e lisboeta, as­sim como à longa viagem de transatlântico, de New York para Lisboa, que fez aos dois anos de idade, a génese da sua paixão pela grande aventura dos Descobrimentos Portugueses e seus protagonistas.
Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa e fez-se Professora de Francês e Português por vocação, efectivando-se na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, onde fez o estágio e concretizou a maioria dos seus projectos de Teatro e de Escrita Criativa com os alunos. Publicou várias colectâneas de contos e peças de teatro com o Grupo de Trabalho do M.E. para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, a Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto de Inovação Educacional.
Dotada de uma invulgar capacidade de comunicação, é frequentemente solicitada para palestras e conversas com os leitores, em escolas e outros espaços culturais, sobre a época dos Descobrimentos, a Cultura e História Portuguesas, em particular, do século XV ao XVII, que estuda há quase três décadas.
Em Novembro de 2003, nos Estados Unidos da América, durante o sarau para atribuição de prémios do Concurso Literário Proverbo, de cujo júri fez parte, a escritora recebeu um louvor pela Câmara de Newark, em reconhecimento do seu contributo para a divulgação e promoção da língua e cultura portuguesas entre as comunidades de emigrantes da América, Canadá e Europa.
Publicou nove romances históricos e dois livros de contos, um dos quais traduzido e editado em Espanha, Itália e Brasil. O seu romance D. Sebastião e o Vidente, que a Porto Editora escolheu para se lançar na área da ficção, foi agraciado com o Prémio Máxima de Literatura 2007 – Prémio Especial do Júri.
Em 2009, a Ésquilo publicou de sua autoria O Espião de D. João II, romance histórico dedicado à missão secreta de Pêro da Covilhã.

http://deanabarroqueiro.blogspot.com


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ISBN: 978-989-8092-74-8
Páginas: 352
Formato: 16x23 cm
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terça-feira, 18 de maio de 2010

Um acontecimento na ponte de Owl Creek Ambrose Bierce

A história de um homem prestes a ser enforcado durante a guerra civil americana, os seus últimos momentos e a sua vontade de continuar a viver. Uma história capaz de surpreender muita gente...
A primeira vez que ouvi falar no conto que dá o titulo a esta obra foi no delicioso "Cartas a um Jovem Romancista" do Mário Vargas Llosa, e era utilizado para explicar os diferentes tipos de tempos da narrativa.
Mas este conto e os outros que constituem este pequeno livro são deliciosos e merecem uma leitura atenta, não apenas pelos fãs dos contos góticos e de horror, mas por todos.

Ambrose Bierce nasceu no Ohio em 1842. Alistou-se, aos dezanove anos, no exército americano durante a guerra civil. A guerra, as tácticas militares, o convívio com a morte, o companheirismo deram-lhe material suficiente com que veio a encher os seus contos, considerados por muitos críticos do melhor que se escreveu na literatura americana sobre essas realidades.
Tornou-se jornalista, como editor do «San Francisco News-Letter» e do «California Advertiser». Assinou durante anos uma coluna que lhe deu fama e projecção. Cultivou o aforismo, a fábula, a «ghost-story» e o epigrama. Toma maior contacto com a obra de Mark Twain, Swift, Voltaire e Pope, que lhe abrem os caminhos da ironia e da Sátira.
A par destes traços característicos da sua prosa, Bierce enriquece a tradição gótica com o aprofundamento psicológico do horror e do estranho. Criou uma enorme comunidade de admiradores que persiste até aos dias de hoje. Com 71 anos desapareceu no México sem deixar rasto. Supõe-se que tenha morrido a 11 de Janeiro de 1914, na batalha de Ojinaga.