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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Correcção à postagem anterior (D. Sebastião e o Vidente)


Na postagem anterior por lapso disse que por não ser um livro recente poderiam já não encontrar este livro.
Depois de uma visita ao blog da autora vi uma postagem já com um mês em que ela anunciava a venda do livro com 50% de desconto. E embora essa promoção já tenha acabado ele continua disponivel mas já só com 10% de desconto tanto no site da Porto Editora ( http://www.portoeditora.pt/produtos/catalogo/ficha/id/185353 ) como no Wook ( http://www.wook.pt/product/facets?palavras=D.+Sebasti%C3%A3o+e+o+Vidente&restricts=8066&facetcode=temas&fsel=8066x5839 ) por isso aproveitem..

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

D. Sebastião e o Vidente de Deana Barroqueiro

Prémio Máxima de Literatura - Prémio Especial do Júri (2007)


Mais um livro de uma senhora que só há pouco tempo descobri e cujo talento admiro muito.

Um pequeno aparte:
Todos os dias faço cerca de vinte e cinco quilómetros de autocarro para regressar a casa. Vinte e cinco quilómetros que se arrastam por quase uma hora com paragens “em todas as estações e apeadeiros”.
Costumo aproveitar essa hora para ler. Tranquilamente, deitando de vez em quando um olhar para fora para não deixar passar a minha saída.
E o último livro que li foi este “D. Sebastião e o Vidente”.
Acho que a melhor crítica que posso fazer a este livro é a seguinte:
Já por duas vezes ia falhando a minha paragem por ir tão embrenhado na leitura. A autora consegue a incrível proeza de nos colocar no centro da acção, de nos fazer sentir transportados aos anos e acontecimentos do reinado de D. Sebastião.
É verdade que o livro já tem uns anos (não muitos é de 2006) e por isso provavelmente vão ter sorte se o encontrarem – é um mal frequente nas nossas livrarias só se interessarem pelos últimos lançamentos – mas se o encontrarem não percam a oportunidade de o comprar e de o ler naturalmente…

As vidas de el-rei D. Sebastião e Miguel Leitão de Andrada entrelaçam-se desde o nascimento até ao desastre de Alcácer-Quibir.
O rei-menino, corajoso mas ingénuo, e o leal fidalgote de Pedrógão Grande, reconhecido na região como vidente e protegido de Nossa Senhora da Luz, vêem-se implicados numa secreta e perigosa intriga de espionagem, com contornos sexuais.

O rei mais desejado de toda a nossa história é, apesar de todas as esperanças da nação, um órfão falto de afectos, criado e educado por velhos, como a avó sedenta de poder e o tio cardeal, ambicioso e fraco. Caprichoso e insolente, D. Sebastião cresce atormentado pelos seus traumas e complexos de adolescente, sublimados nos sonhos de glória de mancebo visionário, senhor de um poder absoluto que o arrasta ao desastre, profetizado pelas dolorosas visões de Miguel Leitão de Andrada.

Este romance fascinante foi construído a partir de uma rigorosa investigação de fontes históricas documentais - portuguesas, espanholas, italianas, francesas e holandesas - e condimentado pela exuberante imaginação de Deana Barroqueiro.


São muitas páginas… São. É verdade (640) mas lêem-se de um fôlego tal é a capacidade da autora de nos cativar e prender quer aos acontecimentos quer aos personagens…
É creio eu tempo de dar voz aos autores que escrevem bem em português e que vão sendo esquecidos ou ostracizados ou simplesmente ignorados. E esta autora merece muito mais crédito e atenção do que lhe tem sido concedido.
Sim devemos apoiar os grandes nomes da nossa literatura mas não o podemos fazer à custa daqueles que livro após livro nos vão presenteando com verdadeiras pérolas (ou neste caso um colar de pérolas)...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Recordações da casa dos mortos de Dostoievski

A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo Fiodor Mikhailovich Dostoievski


A par de "Os Irmãos Karamazov" este "Recordações da Casa dos Mortos" foi o livro deste autor que mais me marcou.

Preso em 22 de Novembro de 1849 por participar num grupo de tendência socialista chamado Círculo de Petraschevki, Dostoievski é levado a um pelotão de fuzilamento para ser liquidado. Porém, na iminência da morte é salvo e sua pena trocada por quatro anos de trabalhos forçados na parte mais gelada da Rússia. Tal experiência marcaria de forma decisiva a escrita de Dostoievski e estaria presente em tudo o que criaria dali em diante. Em especial neste livro em que ele se serve da sua própria experiência para escrever uma obra magnifica.

A história que o autor traz até aos leitores é a de um nobre Alexander Petrovitch, condenado a dez anos de prisão na sibéria depois de ter assassinado a esposa. A história é contada com base nas memórias escritas de Petrovitch encontradas depois da sua morte.Dostoievski transforma em ficção situações que presenciou ou foi protagonista durante o tempo que passou na Sibéria.
Apesar de se basear nas "memórias" de Petrovich o livro é muito mais do que um simples diário. Aliás nem segue uma ordem cronológica, é em vez disso um conjunto de memórias espalhadas ao acaso pelas páginas do livro organizadas mais pelo tema do que com a intenção de formar uma história contínua.
Petrovitch, homem culto e bem educado, tenta adaptar-se a uma situação que lhe é extremamente desconfortável, convivendo com párias de toda espécie, o personagem faz uma leitura psicológica dos tipos que abundam na prisão gelada. As privações desumanas a que os prisioneiros são submetidos e a relação de competição existente entre os condenados são descritas com mestria pelo autor.
Alias, é exactamente a leitura de Petrovitch acerca das situações acontecidas no presídio que dão ao livro um sentido revelador da condição humana. Mestre na arte de captar e trazer à tona os sentimentos mais obscuros do ser humano, Dostoievski cria um ambiente ficcional claustrofóbico e opressivo, onde o simples ato de andar de um lado a outro da cela torna-se uma verdadeira odisseia.
Dessa maneira Petrovitch vai desenhando tipos que se destacam ora pela total falta de sensibilidade, ora pelo refinamento de suas ideias.
O interesse do autor pela condição humana (desgraçada neste caso), dá o tom ao texto. De forma isenta, sem demonstrar sentimentos de compaixão ou mesmo autocomiseração, Petrovitch faz um relato sóbrio que ainda assim, sem pieguice ou coisa que o valha, emociona. Mesmo em se tratando de assassinos da pior espécie, é difícil não se sensibilizar com as histórias cheias de humilhação que os personagens vivem ao longo do livro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Trabalhos e Paixões de Benito Prada de Fernando Assis Pacheco



É já a terceira ou quarta vez que leio este livro o que querem que vos diga ADOREI, ADOREI, ADOREI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma história simples e bem contada, sem exageros de estilo ou um enredo confuso.
Benito Prada é galego e vem para Portugal em busca de uma vida melhor.
Para trás deixa os seus trabalhos e paixões: a casa pobre, o pai afiador, as poucas letras aprendidas na Meiga de Ventosela. Depois o salto para Portugal, a fortuna começada com uma carroça nas feiras, os amores, a guerra, o medo, a ira, tudo envolvido pelo manto da melancolia de que não consegue nunca livrar-se.
Quando surgiu a República, por exemplo, Benito Prada andava pela zona de Aveiro, mas percorreu meio Portugal à procura de sustento, multiplicando-se como podia para atender às raparigas lusas.
Uma obra de ficção que se confunde com a realidade de factos, pessoas e locais que aborda, apesar de não ter qualquer intenção de se afirmar como resenha histórica. Pelo contrário, é uma pura obra de ficção. Não esquece, no entanto, grandes acontecimentos históricos da primeira metade do Século XX, nem tão pouco algumas figuras típicas da época.


"Num tempo de romances pálidos, anémicos, o romance de Assis Pacheco é uma labareda, saga ardente, acelera o coração, dá um nó nas tripas do leitor. Bem haja!, como dizem os de Coimbra." — Jorge Amado


Benito Prada, filho de Filemón e Nicolasa, galego de Casdemundo, está ainda vivo em 1949 quando o generalíssimo Franco vem à Universidade de Coimbra receber o título de doutor honoris causa em Direito.
Se pudesse — expressão muito sua — esborrachava-o como quem esborracha uma mosca.
Para trás ficaram os seus trabalhos e paixões: a casa pobre, o pai afiador, as poucas letras aprendidas na Meiga de Ventosela: depois o salto para Portugal, a fortuna começada com uma carroça nas feiras, os amores, a guerra, o medo, a ira, tudo envolvido pelo manto da morrinha de que não pôde nunca livrar-se.
Desses trabalhos e paixões nos fala aqui Fernando Assis Pacheco. E, recordando-se da velha picaresca aprendida nos clássicos do género, oferece-nos um romance exemplar, onde a História se transforma em estória e o humor não é mais do que uma disfarçada ternura por tudo aquilo que está vivo e mexe.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os Jardins da Luz de Amin Maalouf

Uma vez que este autor faz parte da lista do Mário de candidatos ao Nobel e porque aproveitei as férias para reler este magnifico livro fica aqui como sugestão de leitura.

OS JARDINS DA LUZ de AMIN MAALOUF

No início da era cristã, e perto das margens do Tigre, começa a história de um homem que, baptizado com o nome de Mani, viria a fundar uma doutrina universal conciliadora de três religiões e reveladora de uma nova visão do mundo, profundamente humana e tão audaz que viria a ser inexoravelmente perseguida por todos os impérios do seu tempo tempos.
Qual o motivo de tamanha inquietação? Que barreiras sagradas derrubara Mani?
«Vim do país de Babel», dizia ele, «para fazer ecoar um grito através do mundo.»
É a Mani que este livro é dedicado, é a sua vida que ele narra. A sua vida ou o que dela se pode adivinhar após tantos séculos de mentira e de esquecimento. Da sua apaixonada demanda da beleza, da sua mensagem de harmonia entre os homens, da sua subtil religião claro-escuro, não perdurou até hoje senão uma única palavra, "maniqueísmo", utilizada a maior parte das vezes com sentido pejorativo.
Mais do que nunca, nesta época desconcertante que é a nossa, o seu grito merece ser ouvido. E o seu rosto redescoberto.

«Todos os ingredientes de um grande romance estão presentes em Os Jardins de Luz, que nos põe a par da lenda e da verdade. O talento do contador nos mostra sua grandeza e a voz do "pesquisador da verdade".»
Le Monde

«O autor dedica seu livro a Mani, personagem esquecido e de quem nós pronunciamos o nome sem saber, quando dizemos a palavra maniqueísta. O livro traz uma escrita vigorosa e discussões ternas, simples, fortes e convincentes»
L’Express

«Característica fundamental do autor a de conseguir a coexistência do mito com o documento, a lenda com a heurística, numa perfeita simbiose da técnica romanesca ao serviço da História.»
Elle


Amin Maalouf é o autor de obras como As Cruzadas Vistas pelos Árabes, de Samarcanda e de Périplo de Baldassare, entre muitas outras que fizeram deste libanês com alma francesa um dos nomes maiores do romance histórico da actualidade. Nascido no Líbano em 1949, Amin Maalouf vive em Paris desde 1976. Grande repórter durante 12 anos, realizou missões em mais de 60 países. Antigo chefe de redacção do Jeune Afrique, onde também foi editorialista, consagra hoje a maior parte do tempo à preparação dos seus livros. É autor de várias obras, entre elas as premiadas: As Cruzadas Vistas Pelos Árabes (Prix des Maisons de la Presse) e O Rochedo de Tanios (Prémio Goncourt 1993). Na Difel, para além destas duas obras, estão também publicadas Samarcanda, Os Jardins de Luz, O Século Primeiro Depois de Beatriz, Escalas do Levante, As Identidades Assassinas, O Amor de Longe, Origens, um fresco histórico sobre as suas próprias origens, Adriana Mater, um libreto de ópera e, mais recentemente, Um Mundo Sem Regras.
Ganhou este ano o prémio Principe das Astúrias por muitos considerado a antecamera do Nobel - a saber entre outros autores já foram galardoados: Camilo José Cela (que ganhou o Nobel em 1989), Günter Grass (Nobel em 1999), Doris Lessing (nobel em 2007) - e também o Vargas Llosa e o Amos Oz que fazem parte da lista do Mário de eternos nomeados...

Confia em Mim Jeff Abbott



Luke Dantry perdeu tragicamente os pais quando era adolescente; o pai foi morto por um mecânico enlouquecido, a mãe morreu num terrível acidente. Criado pelo padrasto, Luke trabalha agora com ele na sua pesquisa, vigiando grupos extremistas na Internet. No entanto, no aparentemente inofensivo mundo da Internet residem perigos incalculáveis. E, subitamente, Luke experimenta-os, em toda a sua força, quando é ameaçado com uma arma e raptado no parque de estacionamento de um aeroporto.
Sendo um homem normal, que sempre levou uma vida pacata, Luke não faz ideia por que razão se tornou um alvo. Apenas sabe que tem de escapar, de alguma forma. Mas para isso tem de aprender a não confiar em nada nem ninguém, e a derrotar um inimigo mais poderoso do que alguma vez imaginara - um inimigo que sabe mais do que ele próprio acerca do verdadeiro destino dos seus pais.

Viciante... Este é um livro que nos prende de inicio ao fim.
Acção constante da primeira à ultima página. Com constantes reviravoltas e surpresas escrita de maneira a envolver o leitor e transporta-lo para dentro da historia.
E que magnifica história...
Um personagem a quem não deixam outra alternativa a não ser a fuga para a frente, a luta contra uma organização terrorista que ele próprio ajudou a criar...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Prémio Nobel

Falta cerca de um mês para se conhecer o feliz contemplado com o Prémio Nobel da Literatura deste ano e já correm por aí nomes e sugestões.
Eu por mim continuo fiel aos meus princípios... e visto que os nomes que sugeri há dois anos não ganharam continuo a apostar neles:
(Salman Rushdie, Mario Vargas Llosa, Milan Kundera, Umberto Eco, Amin Maalouf, Agustina Bessa-Luís, Amos Oz, Philip Roth)
Com especial empenho nos dois primeiros e a acrescentar à lista talvez um Haruki Murakami e/ou um Hanif Kureishi.

Mas e seja como for eu sei que estes nomeados não o vão ganhar os senhores la do comité Nobel arranjam sempre maneira de dar o prémio ao escritor "errado".

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Império de Gore Vidal

Acabaram-se as férias. E eis-nos de volta ao activo (espero eu)...
Nos últimos dias sempre que entro numa livraria sou confrontado com dois livros recentemente reeditados de um dos grandes romancistas dos nossos dias GORE VIDAL!!!!

Mas em vez dessas reedições vou deixar aqui como sugestão um dos meus preferidos:

IMPÉRIO



Em 1900, os EUA foram sacudidos por lutas titânicas para decidir sua sorte. Império recria esse período que viria a ser lembrado como a Idade do Ouro Americana: em que os chefes políticos mandavam até onde suas carteiras permitiam, em que barões criminosos lutavam para consolidar fortunas, em que uma manchete na imprensa "amarela" podia levar o país à guerra.
Nesse romance impressionante, Gore Vidal faz-nos passar da carruagem aos automóveis, das mulheres confinadas à vida doméstica às mulheres de poder, da república remendada de Lincoln a uma nação que se lançou à conquista do mundo.

«O Império recria de forma brilhante uma época cheia de possibilidades e promessas, um período que viria a ser recordado como a idade de Ouro da América. Tudo se desenrola nos palcos da política e do jornalismo numa América de transição, na viragem do século XIX para o século XX. E, enquanto o país luta para definir o seu destino, a bela e ambiciosa Caroline luta para afirmar a sua própria personalidade. Caroline é a encarnação desta jovem e complexa nação...»