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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Baudolino de Umberto Eco

A gente já conhece há muito tempo os favoritos do Mário para o Prémio Nobel da Literatura. Lista ecabeçada ano após ano pelo inevitavel Salman Rushdie... e se eu até concordo com esse nome e com o facto de, muito dificilmente, ele o vir a ganhar, há outro nome que é o meu favorito: UMBERTO ECO!!!!

Na zona do baixo Piemonte onde, anos depois, virá a surgir Alexandria, Baudolino, um pequeno camponês fantasioso e aldrabão, conquista o imperador Frederico Barbarroxa e torna-se seu filho adoptivo. Baudolino vai fabulando e inventando mas, quase por milagre, tudo o que imagina produz História. Assim, entre outras coisas, constrói a mítica epístola do Prestes João, que prometia ao Ocidente um reino fabuloso, no longínquo Oriente, governado por um rei cristão, que abalou a fantasia de muitos viajantes sucessivos, incluindo Marco Polo…
…A história de um crime impossível, um conto fantástico, teatro de invenções linguísticas hilariantes, este livro celebra a força do mito e da utopia…

Mais do que um romance histórico, Baudolino é uma viagem ao imaginário da Idade Média, ás suas crenças, temores e sim, também à história. As Cruzadas, guerras e conflictos no interior do Sacro-Império. Na história misturam-se personagens ficticias (Baudolino e os seus mais fieis amigos...) com personagens reais (Frederico Barba Roxa, alguns nobres, os vários Papas e anti-Papas...).
A história pode-se resumir nas próprias palavras do personagem: "(...),o problema da minha vida é que sempre confundi o que via com o que queria ver." ou então "(...), mas quanto ao resto estavam todossuspensos dos meus lábios. Se me apetecesse dizer que tinha visto uma sereia no mar - depois de o imperador me trazer como o que via os santos - todos acreditavam e me diziam bravo, bravo..."
E é precisamente essa capacidade de transformar a imaginação em factos reais que vai levar Baudolino a reescrever a história do seu tempo influenciando e guiando os seus protagonistas começando pelo próprio imperador Frederico.
Ao longo da história o real mistura-se com a fantasia, sem se saber o que é verdadeiro... e o que é fantasia... de tal modo que chega a ser hilariante ler as ideias e planos que ocorrem na mente de Baudolino e seus amigos.


«Baudolino é uma sumptuosa ecografia, um delicioso fresco sobre a vida da abadia, os labirintos, as heresias, a necromântica, o riso, a pobreza, os segredos da biblioteca. A carta do mítico Prestes João é bem a criação por antonomásia a que Baudolino dará dignidade "oficial", porventura a invenção mais feliz deste livro.»
Jornal de Letras
«Se Baudolino se tornar tão popular como Guilherme de Baskerville e Adso, os protagonistas de O Nome da Rosa, os leitores de Eco conversarão tão facilmente sobre o século XII e Frederico Barbarroxa como discutem sobre a programação televisiva.»
Expresso
«A partir do imaginário do seu protagonista, Eco cria uma narração leve e hilariante, em que nada é absurdo, que narra os acontecimentos históricos como aventuras de um grande romance picaresco.»
Público

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Auto-de-Fé de Elias Canetti

Há já bastante tempo que não postava nada e hoje o Mário resolveu dar-me o tema de mão-beijada.








Auto-de-fé é o único romance de Elias Canetti. Obra magistral, catapultou este escritor de génio forte e individual para a categoria dos principais autores europeus, ao lado de Robert Musil, Hermann Broch e Karl Kraus. Proibido pelo regime nazi aquando da sua publicação, este é hoje considerado um dos livros fundamentais da história da literatura ocidental. Auto-de-fé narra a história do professor Peter Kien: sinologo e erudito. O seu apartamento é uma imensa biblioteca onde Kien se refugia para evitar todo e qualquer contacto físico e social. O ponto de viragem da sua vida é o casamento com Therese, a sua governanta. Se Kien é um homem composto de livros, Therese é a sua contrafigura pragmática e mesquinha. Expulso da sua própria casa, Kien empreenderá uma viagem aos infernos, com final trágico e surpeendente.


Um livro que se centra na personagem de Peter Kien um bibliófilo, quase agorafóbico, que prefere a companhia dos seus preciosos livros a qualquer contacto humano. Um personagem que vê nos livros não o reflexo da humanidade mas um refugio um local onde se pode proteger dessa mesma humanidade que tanto despreza. O seu único contacto é Therese, a sua governanta com quem vem a casar, não por amor, não por necessidade de afecto mas por ver nela e no cuidado que tem com a sua biblioteca a salvação e protecção da sua biblioteca. Mas os planos não correm como ele prevê.
Escrito numa altura em que o regime nazi queimava livros por toda a Europa este livro constitui uma resposta e um espelho a esse regime. Sem querer estragar a história a quem ainda não leu o livro a imagem final de Kien a sorrir enquanto o fogo destroi a sua preciosa biblioteca reflecte (a vocação para a falta de comunicação de um amante de livros que pensa que o resto do mundo, obviamente ignorante, não merece aceder aos tesouros impressos que guarda, tem o seu equivalente no senhor de bigodinho ridículo que pensava que o resto do mundo, obviamente impuro, não merecia aceder a quaisquer tesouros. Entre ambos, a narrativa de Elias Canetti constrói uma ponte mais eficaz na denúncia da barbárie (onde os livros são um pormenor, mas cheio de significado) que mil panfletos com a história bem contada.
Sara Figueiredo Costa
http://cadeiraovoltaire.wordpress.com/2011/07/11/elias-canetti-auto-de-fe-cavalo-de-ferro/)

E como o Mário tinha dito na postagem anterior que nunca tinha conseguido ler este livro até ao fim eu resolvi posta-lo aqui e por dois motivos:
1º Para ver se o irrito um bocadinho
2º Porque gostei realmente deste livro

Prémio Nobel

Mais uma vez a um mês de se conhecer o galardoado deste ano deixo aqui a minha lista de candidatos com uma alteração ou outra (afinal o Vargas Llosa ganhou o ano passado) então vejamos:

Salman Rushdie - Sim continuo a insistir neste senhor que é, a meu ver, o melhor escritor da actualidade... e mesmo sabendo que os senhores que decidem do prémio tem medo de levar com uma bomba.

Haruki Murakami - Pelo conjunto da obra, única e com a capacidade de nos fazer sonhar, pea fantasia e pela poesia.

Agustina Bessa-Lúis - Uma senhora das letras portuguesa, mesmo que tenha tendencia para se dispersar um bocadinho.

António lobo Antunes - Talvez o melhor escritor português da actualidade e um dos melhores do mundo.

Amin Maalouf - Outro dos grandes nomes da literatura mundial, um génio...

Phlip Roth - Já o disse antes e repito não sou grande fã deste senhor (autor de um dos três livros [Teatro de Sabath] que fui incapaz de ler até ao fim - mas e pensando nisso os outros dois tambem ganharam o Nobel[Terra do Pecado do Saramago e Auto de Fé do Elias Canetti])

Seja como for daqui a cerca de um mês sabemos que é o vencedor deste ano