
OS JARDINS DA LUZ de AMIN MAALOUF
No início da era cristã, e perto das margens do Tigre, começa a história de um homem que, baptizado com o nome de Mani, viria a fundar uma doutrina universal conciliadora de três religiões e reveladora de uma nova visão do mundo, profundamente humana e tão audaz que viria a ser inexoravelmente perseguida por todos os impérios do seu tempo tempos.
Qual o motivo de tamanha inquietação? Que barreiras sagradas derrubara Mani?
«Vim do país de Babel», dizia ele, «para fazer ecoar um grito através do mundo.»
É a Mani que este livro é dedicado, é a sua vida que ele narra. A sua vida ou o que dela se pode adivinhar após tantos séculos de mentira e de esquecimento. Da sua apaixonada demanda da beleza, da sua mensagem de harmonia entre os homens, da sua subtil religião claro-escuro, não perdurou até hoje senão uma única palavra, "maniqueísmo", utilizada a maior parte das vezes com sentido pejorativo.
Mais do que nunca, nesta época desconcertante que é a nossa, o seu grito merece ser ouvido. E o seu rosto redescoberto.
«Todos os ingredientes de um grande romance estão presentes em Os Jardins de Luz, que nos põe a par da lenda e da verdade. O talento do contador nos mostra sua grandeza e a voz do "pesquisador da verdade".»
Le Monde
«O autor dedica seu livro a Mani, personagem esquecido e de quem nós pronunciamos o nome sem saber, quando dizemos a palavra maniqueísta. O livro traz uma escrita vigorosa e discussões ternas, simples, fortes e convincentes»
L’Express
«Característica fundamental do autor a de conseguir a coexistência do mito com o documento, a lenda com a heurística, numa perfeita simbiose da técnica romanesca ao serviço da História.»
Elle
Amin Maalouf é o autor de obras como As Cruzadas Vistas pelos Árabes, de Samarcanda e de Périplo de Baldassare, entre muitas outras que fizeram deste libanês com alma francesa um dos nomes maiores do romance histórico da actualidade. Nascido no Líbano em 1949, Amin Maalouf vive em Paris desde 1976. Grande repórter durante 12 anos, realizou missões em mais de 60 países. Antigo chefe de redacção do Jeune Afrique, onde também foi editorialista, consagra hoje a maior parte do tempo à preparação dos seus livros. É autor de várias obras, entre elas as premiadas: As Cruzadas Vistas Pelos Árabes (Prix des Maisons de la Presse) e O Rochedo de Tanios (Prémio Goncourt 1993). Na Difel, para além destas duas obras, estão também publicadas Samarcanda, Os Jardins de Luz, O Século Primeiro Depois de Beatriz, Escalas do Levante, As Identidades Assassinas, O Amor de Longe, Origens, um fresco histórico sobre as suas próprias origens, Adriana Mater, um libreto de ópera e, mais recentemente, Um Mundo Sem Regras.
Ganhou este ano o prémio Principe das Astúrias por muitos considerado a antecamera do Nobel - a saber entre outros autores já foram galardoados: Camilo José Cela (que ganhou o Nobel em 1989), Günter Grass (Nobel em 1999), Doris Lessing (nobel em 2007) - e também o Vargas Llosa e o Amos Oz que fazem parte da lista do Mário de eternos nomeados...
4 comentários:
O facto do Vargas Llosa estar na lista de premiados e ainda não ter ganho o Nobel confirma o que eu digo:
Os suecos não gostam das mesmas coisas que eu...
parabéns pela escolha. na minha lista de espera está "Escalas do levante"
ainda tenho 22 livros comprados em 2009 para ler. fora os de 2010...
uma escolha exemplar
li este livro quando foi publicado na colecção Mil Folhas do Público na altura nunca tinha lido nada deste autor mas despertou em mim grande admiração e fez-me procurar mais e mais livros deste autor...
e já agora porque é que os jornais não recomeçam com colecções do género Mil Folhas? num país em que se queixam que as pessoas leem pouco e ao preço a que estão os bons livros sempre era um incentivo à leitura...
Cláudia: Tive o Escalas do Levante nas mãos aqui há uns dias mas o dinheiro é curto e como já tinha nas mãos outro livro optei por compra-lo mais tarde... e agora não o encontro!!!!!!!!!!!! Mas fico à espera de uma postagem sobre esse livro...
Marcelo: Talvez, e atenção que eu disse: TALVEZ, não há mais dessas colecções porque as editoras acham que perdem dinheiro se houver no mercado livros mais baratos do que a edição deles... e lá que era um excelente incentivo à leitura lá isso era.
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