Devo reconhecer que antes de conhecer o Mário nunca tinha sequer ouvido falar neste senhor mas e graças aos livros que ele (o Mário – Mr.Nonsense para quem não conhece) me emprestou fiquei não apenas a conhecer mas a admirar este Autor.
E este foi o primeiro livro do Llosa que eu comprei já lá vão seis anos (tantos quanto os que conheço o Mário por sinal).

Neste livro Llosa faz o que de melhor sabe fazer ao escrever um livro conta-nos os últimos dias de uma das mais longas ditaduras da América Latina a de Trujillo na Republica Dominicana, mas como é próprio dele conta essa história de inúmeros pontos de vista…
O ponto de vista de Urania Cabral filha de um antigo senador fiel a Trujillo que regressa a casa ao fim de uma ausência de trinta e cinco anos; o ponto de vista dos homens que assassinaram Trujillo… e de mais alguns personagens da época.
O resultado é um romance extraordinário, uma narrativa forte que nos leva a conhecer o horror escondido do mundo de Trujillo… uma viajem ao Inferno!
Um livro de génio é o mínimo que se pode dizer deste excelente “A Festa do Chibo”.
Em A Festa do Chibo, Mario Vargas Llosa recupera uma tradição na literatura latino-americana, a do romance sobre ditadores, e retratando a ditadura de Trujillo, na Republica Dominicana, recupera também a potencia das suas melhores obras.
O inegável talento do autor para manejar conflitos, criar tensões, descrever situações, revelar as razoes humanas que se ocultam detrás dos factos históricos para poder criar personagens que inspiram repugnância e compaixão resulta num romance magistral e surpreendente.
Mario Vargas Llosa de volta triunfal à sua melhor literatura.
Neste seu novo romance, o escritor peruano Mário Vargas Llosa debruça-se sobre a figura do ditador dominicano Rafael Trujillo, que esteve no poder durante 31 anos (foi deposto e assassinado numa conjura em 1961). Mas, como diz o autor em entrevista (Visão, 8/3/2001), este livro "pretende transcender a figura de Trujillo para se transformar num romance sobre todas as ditaduras". O título vem duma das alcunhas que o povo pôs a este ditador, que, como outros ditadores, cometeu as maiores atrocidades (conta-se que chegou a obrigar um dos seus súbditos a comer o próprio filho), mas também foi considerado uma espécie de semi-deus (e daí a sua perpetuação no poder durante tanto tempo). No romance, muito bem documentado, convergem três histórias: a de Urania Cabral (esta uma personagem inventada por Vargas Llosa "porque não queria que o romance fosse contado apenas a partir do interior da ditadura", Visão, ibid.), uma mulher que regressa à República Dominicana nos anos 90, depois de uma ausência de mais de trinta anos, a dos conjurados de 61, e a das atrocidades de Trujillo.
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