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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Bernard Cornwell - A Demanda da Reliquia

Para terminar a nossa série dedicada a Bernard Cornwell fica referencia a outra das suas sagas: «A Demanda da Relíquia».






A acção desta (mais uma) magnifica saga decorre nos primeiros anos da Guerra dos Cem Anos, e acompanha o percurso de Thomas of Hookton o filho de um padre inglês que sonha ser soldado em vez de seguir o destino que o pai lhe reservou: ser padre.
Quando a aldeia onde vive é assaltada e destruída por um grupo francês Thomas descobre a sua verdadeira vocação como arqueiro e junta-se aos homens do rei de Inglaterra que partem para conquistar a França, deixando o seu passado para trás.
Pelo menos era essa a intenção mas o passado e os segredos de família perseguem-no pelos cenários de guerra.

Cornwell revisita um tema tantas vezes abordado na literatura: a demanda do Santo Graal mas como de costume imprime-lhe um cunho muito próprio. Muita acção e um ritmo fluente. Uma visita aos principais cenários dos primeiros anos da Guerra.

«A Demanda da Reliquia» é não apenas a busca pelo Graal mas a procura de Thomas pela verdade (sobre quem é, qual a sua familia e o seu legado).




Construído sobre factos históricos (como de costume) Cornwell descreve como ninguém os ambientes e as batalhas (como de costume)e como de costume Cornwell junta como ninguém a ficção e a história.
A sua descrição das batalhas transporta-nos no tempo e quase nos faz acreditar que estamos lá a assistir na primeira fila.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Bernard Cornwell - Cronicas do Senhor da Guerra

Com o rei do Inverno Cornwell transporta-nos para mais uma das suas magnificas sagas sendo que desta vez reinventa uma das mais famosas histórias de Inglaterra:

O Rei ARTUR

Esqueçam tudo o que leram sobre ele, esqueçam os feitos dos seus cavaleiros.
Cornwell oferece-nos uma visão muito própria da lenda do Rei Artur (mais de acordo com aquilo que se conhece da época em que decorre a história do que a mais célebre das histórias arturianas escrita por Thomas Malory).

Cornwell reinventa as personagens mais celebres da literatura de cavalaria e empresta-lhes o seu cunho pessoal.
Merlin, Lancelot e todos os outros como nunca tinham sido mostrados antes.
Descrições de batalhas como mais ninguém consegue fazer, aventuras e sequências de acção que se seguem umas às outras a um ritmo por vezes alucinante.



Esqueçam as lendas, esqueçam as fábulas, o que Cornwell nos mostra é um Rei Artur humano com as suas dúvidas e fraquezas. Não um rei todo-poderoso, dotado de uma sabedoria sem limites e rodeado de valentes cavaleiros. Mas um Homem que nunca foi rei rodeado por fieis seguidores e muitos adversários e inimigos mas que mesmo assim conseguiu durante o seu tempo de vida deter o avanço dos Saxões pelo território da Bretanha.
Contada por , Derfel ,um guerreiro saxão criado entre os Bretões e que se tornou um dos seus mais fieis seguidores e que com o desaparecimento de Artur e avanço dos Saxões se transformou num monge.
E é no mosteiro que Derfel, a pedido de uma descendente dos reis Bretões entretanto casada com um nobre Saxão, escreve a história de Artur "o Rei que nunca foi Rei".

Baseado mais na verdade histórica, do pouco que se sabe de Artur, do que em todas as lendas que se escreveram sobre ele (como aliás é característico da obra de Cornwell) esta trilogia é mais uma obra-prima daquele que é sem dúvida alguma o melhor do mundo a escrever romances históricos.

Sem dúvida alguma a melhor história do ciclo arturiano que li em muito tempo.

Magistral.

Magnifico.



segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Bernard Cornwell - Crónicas saxónicas

Aqui há dias no post sobre o prémio Nobel alguém sugeriu o nome de Bernard Cornwell (não sei se a sério se a brincar - sejamos francos ele é o melhor escritor no seu género mas daí a ganhar o Nobel....), seja como for decidimos que cada um de nós vai por aqui um post sobre o autor(e os seus livros).

AS CRÓNICAS SAXÓNICAS

A saga das Crónicas Saxónicas decorre no SEC.IX numa Inglaterra ainda dividida em pequenos reinos e ameaçada pela invasão e ocupação quase total do seu território pelos povos do norte da Europa.
Em "O Último Reino" conhecemos as principais figuras desta saga e acompanhamos todo o percurso de Uthred (o protagonista) desde a infância até chegar à idade adulta.

Uthred é o filho mais novo do senhor de Bebbanburg, uma das mais importantes fortalezas da Northumbria (um dos quatro reinos que constituíam a Britânia) quando o seu irmão mais velho é morto torna-se o herdeiro da fortaleza mas no mesmo combate em que o pai é morto, Uthred é feito prisioneiro pelos invasores dinamarqueses e vê o seu lugar ser usurpado pelo irmão do pai.

Em poder dos dinamarqueses Uthred é adoptado pelo conde Ragnar um dos mais temidos lideres das forças invasoras e que o educa segundo os costumes dinamarqueses. Mas Uthred é um saxão. Um nobre saxão ainda por cima e cresce dividido entre um sentido de lealdade para com o seu povo e ao mesmo tempo para com os dinamarqueses que o criaram. Mudando de lado e de senhor de acordo com os acontecimentos.

Ao longo de toda a saga (de que confesso - infelizmente ainda não tive oportunidade de ler o último volume publicado «A CANÇÃO DA ESPADA») acompanhamos as batalhas em que Uthred participa e que tanto marcaram a História de Inglaterra.

Apoiando quer o rei Alfredo, o Grande, quer os dinamarqueses Uthred vai sobrevivendo a uma das mais sangrentas épocas da história sempre com o objectivo de recuperar os seus domínios.


A capacidade de Cornwell nos transportar através dos séculos e nos fazer sentir que presenciamos as batalhas que descreve com tantos pormenores fazem dele, provavelmente, o melhor escritor de romances históricos do mundo.


Sempre com um rigor histórico Cornwell mistura personagens históricos com os seus próprios personagens, fazendo-nos viver a história, transportando-nos para lá do tempo fazendo de nós testemunhas dos maiores momentos da historia.

Só mais uma coisa. Eu já disse que ainda não li este ultimo livro assim sendo se alguém mo quiser oferecer Estejam à vontade... ;)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Prémio Nobel da Literatura

Falta aproximadamente um mês para ser conhecido o vencedor deste ano do Prémio Nobel da Literatura e como tal decidimos além de divulgar a lista de todos os laureados e aceitar a opinião dos leitores deste blog sobre quem será o sucessor de Doris Lessing.

Sendo a concorrência muita e tendo o comitê Nobel um certo talento para surpreender o público em geral as apostas não são faceis, nem obvias.
No entanto aqui ficam as minhas sugestões:

Salman Rushdie - provavelmente o escritor vivo que mais merece o Nobel (e que nunca o irá receber devido ao medo dos suecos de arranjar confusão com o mundo islamico)
Mario Vargas Llosa - o eterno candidato (há anos que oiço falar nele para o Nobel e até agora népias. Será desta???)
Milan Kundera - é verdade que há já uns tempos que não oiço falar dele (ainda é vivo???)
Umberto Eco - outro que já começa a ser um eterno candidato
Amin Maalouf - porque sim
Agustina Bessa-Luís - um português fica sempre bem na lista
Amos Oz - outro porque sim
Philip Roth - porque não aprecio e os suecos fazem-me destas muitas vezes.

De qualquer forma dentro de pouco tempo vamos saber quem é o feliz contemplado.

Até lá aqui fica a lista completa dos laureados com o Nobel da Literatura:

2007 - Doris Lessing
2006 -
Orhan Pamuk
2005 - Harold Pinter
2004 - Elfriede Jelinek
2003 -
J. M. Coetzee
2002 -
Imre Kertész
2001 -
V. S. Naipaul
2000 -
Gao Xingjian
1999 -
Günter Grass
1998 -
José Saramago
1997 - Dario Fo
1996 - Wislawa Szymborska
1995 -
Seamus Heaney
1994 -
Kenzaburo Oe
1993 -
Toni Morrison
1992 - Derek Walcott
1991 -
Nadine Gordimer
1990 -
Octavio Paz
1989 -
Camilo José Cela
1988 -
Naguib Mahfouz
1987 -
Joseph Brodsky
1986 - Wole Soyinka
1985 - Claude Simon
1984 - Jaroslav Seifert
1983 -
William Golding
1982 -
Gabriel García Márquez
1981 -
Elias Canetti
1980 -
Czeslaw Milosz
1979 - Odysseus Elytis
1978 -
Isaac Bashevis Singer
1977 - Vicente Aleixandre
1976 -
Saul Bellow
1975 -
Eugenio Montale
1974 - Eyvind Johnson, Harry Martinson
1973 - Patrick White
1972 -
Heinrich Böll
1971 -
Pablo Neruda
1970 - Alexandr Solzhenitsyn
1969 -
Samuel Beckett
1968 -
Yasunari Kawabata
1967 -
Miguel Angel Asturias
1966 -
Shmuel Agnon, Nelly Sachs
1965 -
Mikhail Sholokhov
1964 -
Jean-Paul Sartre
1963 -
Giorgos Seferis
1962 -
John Steinbeck
1961 - Ivo Andric
1960 -
Saint-John Perse
1959 -
Salvatore Quasimodo
1958 -
Boris Pasternak
1957 -
Albert Camus
1956 -
Juan Ramón Jiménez
1955 -
Halldór Laxness
1954 -
Ernest Hemingway
1953 -
Winston Churchill
1952 -
François Mauriac
1951 - Pär Lagerkvist
1950 -
Bertrand Russell
1949 -
William Faulkner
1948 -
T.S. Eliot
1947 -
André Gide
1946 -
Hermann Hesse
1945 - Gabriela Mistral
1944 - Johannes V. Jensen
1939 - Frans Eemil Sillanpää
1938 -
Pearl Buck
1937 -
Roger Martin du Gard
1936 -
Eugene O'Neill
1934 -
Luigi Pirandello
1933 -
Ivan Bunin
1932 - John Galsworthy
1931 - Erik Axel Karlfeldt
1930 -
Sinclair Lewis
1929 -
Thomas Mann
1928 - Sigrid Undset
1927 -
Henri Bergson
1926 -
Grazia Deledda
1925 -
George Bernard Shaw
1924 - Wladyslaw Reymont
1923 -
William Butler Yeats
1922 - Jacinto Benavente
1921 -
Anatole France
1920 -
Knut Hamsun
1919 - Carl Spitteler
1917 - Karl Gjellerup, Henrik Pontoppidan
1916 - Verner von Heidenstam
1915 -
Romain Rolland
1913 -
Rabindranath Tagore
1912 - Gerhart Hauptmann
1911 -
Maurice Maeterlinck
1910 - Paul Heyse
1909 -
Selma Lagerlöf
1908 - Rudolf Eucken
1907 -
Rudyard Kipling
1906 - Giosuè Carducci
1905 -
Henryk Sienkiewicz
1904 - Frédéric Mistral, José Echegaray
1903 - Bjørnstjerne Bjørnson
1902 - Theodor Mommsen
1901 - Sully Prudhomme

OS MEUS PRIMEIROS ANOS WINSTON CHURCHILL


O testemunho dos primeiros anos de vida de uma das mais importantes figuras da história do século XX.
Um relato dos primeiros 30 anos de vida escrito na primeira pessoa por aquele que comandou os destinos do Reino Unido durante a 2.ª Guerra Mundial.
Os anos de infância, a escola, a carreira como militar, correspondente de guerra e escritor (haveria de ganhar o Nobel da literatura em 1953).
Ao contrário de tantas biografias e autobiografias Winston Churchill adopta uma linguagem simples para descrever os momentos mais importantes da sua vida, recorrendo por vezes aos textos escritos na época para não ser traído pela memória.
Desde as dificuldades de aprendizagem na escola até à entrada para o exercito, a participação nos principais cenários de guerra (como militar e como correspondente de guerra) em que o Reino Unido participou nos finais do século XIX, a primeira eleição (perdida) para a câmara dos comuns e a sua chegada a essa mesma câmara. Ele fala de tudo, relembra situações e pessoas. Tudo numa escrita simples e clara que cativa o leitor.
Acima de tudo um relato de uma época que desapareceu há muito tempo.
As descrições das diferentes batalhas em que esteve envolvido reflectem bem o entusiasmo de um jovem com sede de batalhas e de heroísmo, numa altura em que a guerra era levada a cabo por "cavalheiros".
Mesmo quando, por vezes, se desvia do assunto que aborda, divagando para temas e acontecimentos posteriores (relativos quer a pessoas quer a situações - o que dá ainda maior cor ao relato), nunca perde o contacto com os factos que relata.
Claro, conciso sem nunca esconder os seus medos, dúvidas e incertezas (o que é sinal de uma força e honestidade intelectual superior).
É um relato que ajuda a compreender uma das mais importantes e marcantes figuras da história.
A não perder.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A SÍNDROME DE ULISSES SANTIAGO GAMBOA



Deixem-se conduzir pelas ruas da cidade luz. A cidade dos sonhos... da arte.
Deixem-se conduzir pela cidade raramente mostrada pelos grandes romancistas...

De forma magnífica e através dos mais variados personagens, Santiago Gamboa leva-nos ao mundo nunca antes revelado dos imigrantes clandestinos em Paris.

"Os psiquiatras definem a síndrome de Ulisses como um novo transtorno mental que afecta a maioria dos imigrantes ilegais. A síndrome é desencadeada sobretudo pela sensação de perda por que uma pessoa passa ao abandonar o seu país"
(da contracapa do livro)

Não esperem encontrar uma cidade luminosa. Não procurem as referencias à Paris dos turistas, nada disso, a Paris de Gamboa é fria, cinzenta e os seus personagens tristes, desiludidos com a vida.

A história gira em torno de um jovem colombiano, aspirante a escritor, que trabalha num restaurante coreano (a lavar pratos) para poder pagar os estudos na Sorbonne. É em redor dele que se reúnem as mais diferentes personagens dos mais diversos locais do mundo (africanos, sul americanos, asiáticos e até mesmo europeus) que desiludidos com a vida que tinham nos seus países de origem resolvem tentar recomeçar a vida em Paris.
A Paris onde os sonhos ainda eram possíveis.
A Paris que lhes devora esses mesmos sonhos e tudo o mais que possuem e que a pouco e pouco os devora a eles mesmos não sobrando mais que a solidão, o desespero e a morte...
É pela pena do jovem pretendente a escritor que descobrimos as suas histórias, os seus sonhos e esperanças e é pela sua pena que descobrimos a realidade em que habitam.

Um romance magistral escrito numa linguagem crua sem adornos desnecessários e que aborda um tema actual. Magnifico...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PRIMO LEVI






A trilogia completa que nos relata os horrores dos campos de concentração nazis contado por um dos sobreviventes.
Primo Levi é considerado um dos maiores nomes da literatura italiana e nas páginas destes três livros percebemos porquê.

Em «Se Isto É Um Homem» Levi conta na primeira pessoa as recordações e os horrores passados em Auschwitz e recorda também muitos daqueles que se cruzaram com ele nesse campo e não conseguiram sobreviver.
Fala-nos dos presos e dos guardas, do dia-a-dia no campo de concentração, do medo, da dor, da luta pela sobrevivência...

E fala da esperança e de como ela se pode perder...


Conta-nos de pessoas reduzidas a menos do que animais mas que mesmo assim guardam no fundo deles uma faceta humana, uma história. E é essa história, essa faceta que ele tenta transmitir para que todos se lembrem que aqueles que sofreram e morreram às mãos de um ideal sanguinário eram simplesmente humanos.

Em «A Trégua» ele conduz-nos pela longa viagem que se seguiu à libertação dos campos de concentração em primeiro para Leste e apenas depois para casa em Itália.

Se no primeiro livro ele contava dos horrores dos campos de concentração e dos tormentos que aí ele e outros sofreram em «A Trégua» o tom é diferente mesmo quando a sua situação parece desesperada, quando a fome aperta ou se depara com os restos de uma Europa devastada pela Guerra.
Parece quase transmitir um optimismo exagerado do género: "depois de tudo pelo que passei não será isto que me vai derrotar". Talvez esteja a exagerar o seu relato é o mais fiel possível dos dias que se seguiram à queda do poder nazi, mas está irremediavelmente contaminado pela alegria e pela sensação de liberdade de novo conquistada.

Segue-se como conclusão da trilogia o livro: "Os Que Sucumbem e Os Que Se Salvam"
Mais do que tudo um aviso às gerações futuras: "Evitem cometer os mesmos erros e atrocidades" (que não foram evitados em várias ocasiões);
É também uma analise dos factos vividos pelo autor a uma distância relativamente grande (o livro só foi escrito em 1986 [um ano antes do autor se suicidar]) e se ele novamente recorda os horrores dos campos de concentração também faz uma reflexão e uma análise profunda do comportamento quer dos guardas e dos responsáveis dos campos quer dos próprios reclusos da forma com interagiam de como se comportavam de como reagiam à vida nos campos e de como lidaram com a liberdade.

Cada um dos livros é indispensável não apenas para a compreensão dos horrores dos campos de extermínio e do sofrimento dos prisioneiros (existem dezenas ou centenas de livros desses) mas como um aviso do que a humanidade é capaz de fazer a si própria.

Uma lição que não deveríamos esquecer.
Mas que por vezes parece que já esquecemos...

HISTORIA DE PORTUGAL DIRECTOR'S CUT


FINALMENTE UM LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS COMO NUNCA FOI CONTADA!!!!!! (mas como nos deveriam ensinar na escola)

Um livro sobre a história de Portugal com a bandeira americana na capa????

Um livro de história ou um exercício delirante de uma imaginação que não conhece fronteiras?

Um livro (isso é certo) que nos mostra tudo aquilo que nos foi ensinado sobre o nosso país de uma forma nunca antes tentada. (INFELIZMENTE)

Renato Carreira (o autor) cria uma delirante visita ao passado e conduz-nos através das páginas do seu livro pela história nunca contada do nosso país.
Infelizmente pelo que conhecemos dos portugueses até podia ser a verdadeira história.

Tenham em conta certas coisas quando lerem este livro:
1.º Convém serem capazes de distinguir entre os factos e a imaginação por vezes delirante do autor;
2.º Digam-vos o que disserem os factos estão lá todos, a história de Portugal pela qual o autor nos conduz é a mesma que nos ensinaram na escola (já as causas essas é outra historia)
3.º Esqueçam tudo o que pensam saber aqui não há lugar para a "verdade histórica";
4.º Se forem estudantes de história, quando fecharem este livro tentem esquecer o que acabaram de ler...


Os verdadeiros factos por detrás da história.
As intrigas, as verdades nunca contadas...
Tudo aquilo que foi apagado dos livros de história.
Finalmente ao alcance de todos...

E finalmente alguém tem o bom senso de nos mostrar que não há monstros sagrados, nem mesmo as grandes figuras da nossa história.

Com muito humor o autor deste fantástico livro conduz-nos através da história de Portugal (mais concretamente desde a pré-história) até à eleição de José Sócrates como primeiro ministro de Portugal.

Dos melhores livros que li nos últimos tempos e um dos que mais me fez rir.

Imperdível.
Indispensável para todos os amantes de história (e não só).