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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sugestões de Natal

Enquanto não me lembrar de um bom livro para sugerir aqui (um que ainda não tenha sido sugerido pelo menos - sim porque já me lembrei de meia dúzia que já cá estão) e porque mais dia menos dia falta um mês para o Natal deixo algumas sugestões de Natal:

- Para o Diogo e para o Mário (que continuam embrenhados na interminável saga que começaram a escrever há dois anos e não há maneira de acabar) duas sugestões

Este dicionário reúne, numa obra acessível e prática, as principais referências que constituem a nossa História enquanto nação. Em entradas breves e claras, poderá encontrar as personalidades, os acontecimentos e os conceitos que ao longo de nove séculos fizeram Portugal.

"História dos Reis de Portugal" tem o propósito exclusivo de facultar um contacto com a História de Portugal através do conhecimento da vida e acção dos trinta e dois reis e duas rainhas que lideraram o destino luso no tempo longo da monarquia. Não se espere, pois, que os trabalhos publicados venham resolver problemas, porventura ainda em debate e com investigação em curso, já que não é esse o objectivo pretendido. Ao contrário, sustentados numa bibliografia séria e actualizada, mas que não pode esquecer a já considerada "clássica", os autores pretendem unicamente, através de uma redacção acessível a todos e sem a carga da erudição traduzida em notas de rodapé, colocar nas mãos das portuguesas e dos portugueses um pedaço da sua História, que se estende da acção do primeiro rei até à deposição do último. Com o selo de qualidade da Academia Portuguesa da História, este primeiro volume apresenta os primeiros dezassete monarcas, deambulando pelos tempos que vão desde a fundação da nacionalidade à perda da Independência.

Ainda para o Mário e para que não se esqueça da sua campanha "Nobel pró Rushdie"

Luka e o Fogo da Vida
Numa bela noite estrelada, na cidade de Kahani, em terras de Alifbay, aconteceu uma coisa terrível: o pai de um rapaz de doze anos chamado Luka, o contador de histórias Rashid, mergulhou súbita e inexplicavelmente num sono tão profundo que não havia quem conseguisse acordá-lo. Para o salvar de se sumir por completo, Luka tem de empreender uma jornada pelo Mundo Mágico, deparando pelo caminho com um sem-número de fantasmagóricos obstáculos, a fim de roubar o Fogo da Vida, uma tarefa aparentemente impossível e extremamente perigosa. Com "Harun e o Mar de Histórias", Salman Rushdie creditou-se como um dos melhores contadores de fábulas contemporâneas, e o livro revelou-se uma das suas obras mais populares junto de leitores de todas as idades. Se Harun foi escrito como presente para o seu primeiro filho, "Luka e o Fogo da Vida", a história do irmão mais novo de Harun, é uma prenda para o segundo filho, por ocasião do seu décimo segundo aniversário.

E para o Diogo porque não um livro da sua "odiada" Deana Barroqueiro?

Quando a Armada de Pedro Álvares Cabral, depois de ter descoberto as Terras da Santa Cruz (Brasil), prosseguia a sua viagem para a Índia um grande cometa surgiu nos céus... Naquele tempo, os cometas eram tomados como um prenúncio agoirento de desastres e Bartolomeu Dias, capitão de uma caravela dessa armada de treze navios, tem o pressentimento da morte e recorda a sua vida feita de viagens e aventuras.
A viagem da descoberta da passagem entre os oceanos Atlântico e Índico - um feito extraordinário que abriu o caminho da Índia a Vasco da Gama - é aquela que Bartolomeu relembra com maior intensidade, em particular uma história de amor proibida e condenada ao fracasso e à tragédia com uma escrava que transportava a bordo da sua caravela e teria de desterrar nos lugares por si descobertos.
Amargurado pela ingratidão dos dois reis a quem serviu, que não souberam reconhecer e premiar os seus extraordinários serviços, Bartolomeu Dias recorda igualmente os acontecimentos, as intrigas, crimes e jogos de poder dos seus senhores, dos quais foi testemunha nos breves momentos que passou em terra e na Corte.

Para o César também duas sugestões primeiro e por ser o nosso expert em fantasia e ficção cientifica:



O Homem do Castelo Alto do mestre Philip K. Dick
Estamos em 1962. A Segunda Guerra Mundial terminou há dezassete anos e a população já teve tempo de se adaptar à nova ordem mundial. Mas não tem sido fácil: o Mediterrâneo foi drenado, a população de África foi eliminada e os Estados Unidos da América divididos entre nazis e japoneses. Na zona neutra que divide as duas superpotências vive o homem do castelo alto, autor de um bestseller de culto, uma obra de ficção que oferece uma teoria alternativa da história mundial em que o Eixo perdeu a guerra. O romance é um grito de revolta para todos aqueles que sonham derrubar os invasores. Mas poderá ser mais do que isso? Subtil e complexo, O Homem do Castelo Alto permanece como o melhor romance de história alternativa jamais escrito.

E pela sua paixão pela música e por esta cantora em especial:



Murmúrios Urgentes de Suzanne Vega

“É um livro muito especial e com uma história. É como se o observador e o observado escrevessem uma só imagem que não seria de espelho por não ser melhor e mais verdadeira. É como as obras de piano para quatro mãos. A explicar: Fátima Castro Silva gostou de Suzanne Vega. Entrou em contacto com ela. Ela respondeu. A Fátima propôs-lhe um livro. Ela disse-lhe que sim. Começaram a trabalhar. Suzanne Vega entusiasmou-se. Encontram-se em Lisboa, em Londres, em Madrid e finalmente com bastante mais demora em Nova Iorque. Tomaz Rêde fotografou. A autora de 99.9 Fº faz sugestões. Entrega inéditos da adolescência. Fotografias de miúda. Dialoga com a Fátima, intervém na construção do livro. Acrescenta-lhe novos dados, outras fotografias. Sabei que este não é como os outros livros, nem sequer como os da mesma colecção. É um livro muito especial que revela a surpreendente personalidade de Suzanne Vega. Não chegou a ser subsidiário das suas cantigas. Quem o ler vai gostar muito. […]”

Para o nosso herege de estimação (Deus)e porque sei que ele adora uma polémica com a igreja:



Os Papas e o Sexo Os ficheiros secretos do Vaticano de Eric Frattini

O novo livro de Eric Frattini debruça-se sobre a figura mais representativa da Igreja Católica - o Papa - e, através do retrato das suas vidas, revela a relação e o modo como o sexo fez parte das suas vidas.
Rigoroso, controverso e lúcido, Os Papas e o Sexo é um documento de enorme importância que nos permite observar um dos lados mais escondidos e delicados da Igreja Católica.

E um romance que sei que ele já leu (fui eu quem lho emprestou) mas que não tem:



Reino Dividido de Rupert Thomson

Pela sua escrita, Rupert Thomson foi já apelidado de "Paul Auster britânico". Pelo seu livro Reino Dividido (Divided Kingdom), onde explora uma experiência social radical numa narrativa politicamente provocativa e que se adivinha polémica, Thomson tem merecido a atenção de leitores de todo o Mundo e da imprensa em geral (The Times, Guardian, Daily Telegraph...).




A brilhante capacidade de contador de histórias de Thomson revela-se no fantástico, satírico e surreal cenário em que faz surgir o seu narrador, um jovem retirado aos pais no âmbito de um reordenamento sem precedentes levado a cabo pelo governo do Reino Unido. O objectivo é lutar contra uma sociedade ameaçada pelo consumismo, pelo racismo, pela violência e pelo torpor, dividindo a população em quatro repúblicas independentes com base na natureza de cada cidadão:
- os Sanguíneos, indivíduos optimistas e bem-humorados, deslocados para o Quadrante Vermelho;

- os Fleumáticos, mais passivos e indecisos, que residem no Quadrante Azul;

- os Coléricos, pessoas agressivas, impulsivas e com tendência para excessos, a viver no Quadrante Amarelo;

- os Melancólicos, dominados pela bílis negra, introspectivos e pessimistas, reunidos no Quadrante Verde.

E por fim para o meu querido irmão (Byblos) e porque me vai dar outro(a) sobrinho(a) - ainda não me disseram o que praí vem:



Pai em Construção de Francisco Abelha

Um derradeiro manual de sobrevivência para todos os homens que já são ou estão a caminho de ser pais. Um livro de auto-ajuda para aqueles que desconhecem que a depressão pós-parto não é um exclusivo das mulheres. Trata-se de um relato íntimo, directo e, por vezes cruel, do nascimento e crescimento de um pai, que constitui a prova cabal de que qualquer energúmeno pode dar um razoável progenitor. Um livro para ser mantido fora do alcance das mães. A eficácia das teorias aqui defendidas assenta no seu desconhecimento por parte das mulheres. Por isso, a responsabilidade de o oferecer a alguma é inteiramente sua. Se não tem tempo a perder com leituras supérfluas, não leia mais nada além deste livro, que aborda a paternidade pela perspectiva da testosterona, destruindo alguns perconceitos e erguendo outros tantos.

E para descontrair quando/se tiver tempo



Um Traidor dos Nossos de John Le Carré

A Grã-Bretanha está mergulhada na recessão.
Um jovem académico de Oxford com tendências de esquerda e a namorada gozam férias durante a época baixa na ilha de Antígua.
Aí, cruzam-se com um milionário russo chamado Dima, dono de uma península e de um relógio de ouro cravejado de diamantes, que tem uma estranha tatuagem no polegar direito.
Desafiados por ele para uma partida de ténis, os jovens amantes ver-se-ão lançados numa tortuosa viagem que os levará a Paris, a uma casa nos Alpes suíços e aos obscuros claustros da City de Londres, onde serão confrontados com a perversa aliança desta com os Serviços Secretos britânicos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Sonho do Celta de Mario Vargas Llosa

É, creio eu, a primeira vez que ponho aqui uma sugestão de um livro que ainda não acabei de ler.
É o mais recente livro de Mario Vargas Llosa, o mais recente vencedor do Nobel da Literatura. E estou a por esta sugestão sem ter acabado de ler o livro por dois motivos:

1.º Sou há anos fã deste Autor e como tal não podia deixar de sugerir este livro.
2.º Quando o comprei na sexta-feira passada fui informado de algumas das promoções da Bertrand (não, eles não pagam a publicidade) a saber:
- até ao fim do mês os Leitores Bertrand têm um desconto imediato de 10% na compra de qualquer livro (se percebi bem)
- na compra dos livros do Vargas Llosa assinalados no catalogo de Natal (Conversa na Catedral [talvez o melhor livro dele]; Travessuras da Menina Má; O Paraíso na Outra Esquina, A Tia Julia e o Escrevedor; e este O Sonho do Celta) recebem (para alem dos 10% de desconto) um exemplar do livro Viagem Maritima com D. Quixote de Thomas Mann.
e ainda até ao fim do ano nas compras superiores a 15€ recebem um talão de desconto de 5€ válido só a partir de Janeiro (já não serve para as compras de Natal mas é uma ajuda pró orçamento).

Quanto ao livro propriamente dito:


"O Sonho do Celta" baseia-se na vida do irlandês Roger Casement, cônsul britânico no Congo belga, em inícios do século XX, que durante duas décadas denunciou as atrocidades do regime de Leopoldo II. Este homem, amigo de Joseph Conrad (e que o guiou numa viagem pelo Rio Congo, revelando-lhe uma realidade mais tarde retratada no romance "O Coração das Trevas"), teve uma vida extraordinária, plena de aventura. Acérrimo defensor dos direitos humanos - como também o comprovam os relatórios que redigiu durante a estadia na Amazónia peruana - militou activamente, no fim da sua vida, o nacionalismo irlandês, acabando condenado à morte por traição e executado.


Como é hábito neste Autor a história desenvolve-se em dois planos distintos temos por um lado os últimos dias de Casement, já na cadeia à espera da decisão final sobre o seu caso e por outro lado temos o relato da sua vida em Africa e na América do Sul.
É um romance no género "O Paraiso na Outra Esquina" , uma biografia de uma figura menos (re)conhecida da história mas com o toque de politica que caracteriza alguns dos melhores livros de Llosa.
Do que li até agora está, como de costume, magnifico...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo - A Rainha no Palácio das Correntes de Ar de Stieg Larsson

"Não há inocentes. Há apenas diferentes graus de responsabilidade" Lisbeth Salander


Aqui há dias falei aqui de um livro - o primeiro de uma trilogia - que adorei e que devorei como um louco, hoje deixo aqui uma comentário ao resto da trilogia:

MAGNIFICA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Comecemos por este segundo volume "A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo".
Passou-se um ano desde os acontecimentos descritos em "Os Homens que Odeiam as Mulheres", Mikael Blomkvist continua com o seu trabalho na revista Millennium e Lisbeth Salander desapareceu do mapa durante um ano.

Na mesma altura que Lisbeth regressa à Suécia um jovem jornalista, Dag Svensson, contacta a Millennium com uma história sobre prostituição e trafico de mulheres. Quando Dag Svensson e a namorada, Mia Bergman aparecem mortos todas as pistas apontam para um responsável: Lisbeth Salander. E quando o corpo do seu tutor é encontrado junta-se mais um corpo à lista.
Neste segundo volume da trilogia Millennium, Lisbeth Salander é assumidamente a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita de dois homicídios. A saga desenvolve-se em dois planos que se complementam e só a solução do primeiro mistério trará luz ao segundo: Há que encontrar os responsáveis pelo tráfico de mulheres para exploração sexual para se descobrir por que razão Lisbeth Salander é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.

E já agora: Quem é o misterioso Zala que parece orbitar todas as cenas de crime mas que ninguém conhece? E qual a sua relação com Lisbeth?


"A Vingança é uma força poderosa" Lisbeth Salander

"A Rainha no Palácio das Correntes de Ar"

Ao contrário do primeiro livro que se podia ler sozinho e constituia uma narrativa independente este é a continuação do anterior começando no ponto onde o outro terminou.
Neste livro - o último da trilogia - todas as pontas que ficaram soltas nos volumes anteriores são resolvidas. Lisbeth surge envolvida num mistério. Sobre ela recaem complicadas acusações, o que leva as autoridades a isolá-la completamente do mundo exterior.
Lisbeth, capturada pela Justiça, vai sofrer o processo de acusação e o julgamento em tribunal. Grande parte do livro revolve sobre os preparativos para esse julgamento, preparativos quer pela acusação que a quer condenar, quer pelos amigos (liderados por Mikael) para a ilibar... e fazer condenar os verdadeiros culpados.

Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, completamente impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isto não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas…
Entretanto, mantêm-se as movimentações secretas de alguns elementos da Säpo, a polícia de segurança sueca. Para se manter incógnita, esta gente que actua na sombra está determinada a eliminar todos os que se atravessam no seu caminho.
Mas nem tudo podia ser mau: Lisbeth pode contar com Mikael Blomkvist que, para a ilibar, prepara um artigo sobre a conspiração que visa silenciá-la para sempre. E Mikael Blomkvist também não está sozinho nesta cruzada: Dragan Armanskij, o inspector Bublanski, Anika Gianini, entre outros, unem esforços para que se faça justiça. E Erika Berger? Será que Mikael pode contar com a sua ajuda, agora que também ela está a ser ameaçada? E quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O clube de Dante de Matthew Pearl


Um excelente romance que mistura factos reais com ficção...Pode-se quase falar num romance histórico/policial/mistério...
Por um lado o livro retrata a luta em que se viram envolvidos alguns dos maiores poetas americanos do final do séc. XIX para conseguirem efectuar e publicar a primeira tradução americana da "Divina Comédia" de Dante.
E por outro lado temos os crimes que assolam a cidade de Boston em que as vitimas sofrem os castigos descritos por Dante no seu livro.

«Corria o ano de 1865 em Boston. Os génios literários do Clube de Dante - Henry Wadsworth Longfellow, Dr. Oliver Wendell Holmes e James Russell Lowell, juntamente com o editor J. T. Fields - poetas e professores de Harvard - terminam a primeira tradução americana da Divina Comédia e preparam-se para revelar ao Novo Mundo as notáveis visões de Dante. Os poderosos de Harvard esforçam-se por manter Dante na obscuridade, já que julgam que a infiltração de superstições estrangeiras nos espíritos americanos é tão prejudicial como a chegada dos imigrantes ao porto de Boston. Os membros do clube de Dante esforçam-se por manter viva uma sagrada causa literária, mas os seus planos fracassam quando surge uma série de assassínios em série em Boston e Cambridge. Apenas este pequeno grupo de eruditos se apercebe de que os crimes arrepiantes são baseados nos castigos do Inferno do "Inferno" de Dante.»

É engraçado imaginar estes respeitáveis senhores a viverem as aventuras descritas no livro mas é de louvar toda a detalhada reconstrução da cidade e da sociedade de Boston nos anos que se seguiram à Guerra Civil Americana.
Um livro surpreendente...


«Desde O Nome da Rosa, de Umberto Eco, não tinha havido nenhum romance tão documentado que obtivesse um êxito internacional como O Clube de Dante com investigação, imaginação e história em partes iguais e seguindo a mesma trajectória.»
- The Observer

«A utilização engenhosa de pormenores e motivos da Divina Comédia e o retrato vivo da cultura literária da Nova Inglaterra após a Guerra Civil distinguem este primeiro romance histórico de mistério...»
- Kirkus Reviews

«Um romance culto e muito bem documentado.»
- Manuel Rodríguez Rivero, ABC

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os Homens Que Odeiam as Mulheres de Stieg Larsson

O jornalista de economia MIKAEL BLOMKVIST precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro HANS-ERIK WENNERSTÖM e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. HENRIK VANGER, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem LISBETH SALANDER. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.

Tentei esperar que a poeira assentasse antes de ler este livro. Como já disse várias vezes quando a crítica elogia muito um livro fico sempre de pé atras. Mas os críticos de vez em quando acertam e este "Os Homens Que Odeiam as Mulheres" é um desses casos.
São mais de 500 páginas que se leem de um folego. Dei por mim acordado às três da manhã incapaz de parar de ler. Fui incapaz de o largar assim que o comecei a ler e atirei-me a toda a trilogia.
Confesso que esperava um livro policial do género clássico. Policias e ladrões, um tiroteio de vez em quando... mas este livro surpreendeu-me. Um estilo muito próprio, personagens bem construidas, uma narrativa simples e com atenção ao detalhe... «Millennium não é um livro policial no sentido habitual do termo. O estilo de Stieg Larson é minucioso, detalhado, lento. Como se dispusera de todo o tempo do mundo para apresentar aos leitores as personagens e tudo o que as rodeia. Detalhes, pequenas histórias, situações paralelas, descrições exaustivas. Minúcia no detalhe, em suma. (...) O que resulta de toda esta minúcia são personagens (...) com uma profundidade inabitual que se movem num cenário opressivo, dominado por uma inquietação latente que vem do passado. E de repente, (...) não havendo uma percepção imediata de tal, a trama desenrola-se a uma velocidade manifestamente superior e demonstra que o detalhe, afinal, não foi demais: o que se tinha por difuso revela-se abominável, o que se tinha por suspeito surge como demoníaco. Nada era o que parecia. Era pior. É quando se descobre que o pormenor conta, que Stieg Larson sabia exactamente quando e como encaixar todas as peças de um imenso puzzle (...) Escrito e descrito com mestria, este primeiro volume de uma trilogia promete.»
Luís C. Marinha, Os Meus Livros


"As pessoas têm sempre segredos, é uma questão de os descobrir..." Lisbeth Salander

Esqueça os 5 milhões de exemplares vendidos da trilogia Millennium.
Esqueça as listas de best-sellers em Estocolmo, Oslo, Frankfurt, Paris, Roma ou Copenhaga.
Esqueça rótulos como saga familiar, literatura policial, thriller financeiro ou história de amor.
Esqueça tudo.
Leia apenas.
Verá que é uma obra extraordinária de um extraordinário escritor.
Verá que as horas passam sem se dar conta e é muito provável que a madrugada o surpreenda ainda a ler.
Cuidado, risco de insónia.
Nós avisámos…

Stieg Larsson (Skelleftehamn, Suécia, 15 de Agosto de 1954 - 9 de Novembro de 2004) foi um jornalista e escritor sueco.
Em 2004, aos cinquenta anos, pouco após entregar aos seus editores os manuscritos da Trilogia Millennium, morreu vítima de um ataque cardíaco. Tragicamente, não viveu para assistir ao fenómeno mundial em que a sua obra se tornou.
Em 2008, ele foi (apenas) o segundo autor mais vendido no mundo.
Stieg Larsson foi um dos mais influentes jornalistas e activistas políticos suecos. Trabalhou na destacada agência de notícias TT. À frente da revista Expo, fundada por ele, denunciou organizações neofascistas e racistas. É co-autor de Extremhögern, livro sobre a extrema-direita em seu país.
Por causa de sua actuação na luta pelos direitos humanos, recebeu várias ameaças de morte.

Depois de ler este primeiro volume da trilogia, e pelo que li do segundo, fico a pensar no que a literatura do género perdeu...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Livro de José Luís Peixoto

Mais uma vez o autor escreve um livro magnifico.
Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.



Na verdade não sei o que escrever sobre este livro... sem exagero o melhor livro português deste século (eu sei ainda só passaram nove anos desde a mudança de século) e um dos melhores de sempre na literatura portuguesa...
Um livro notável capaz de me comover... e se me comoveu a mim comove (quase) qualquer um... uma escrita simples, clara sem adornos inúteis.

Cada vez mais José Luís Peixoto afirma-se como um grande romancista. Um valor inquestionavel na literatura portuguesa e porque não dizê-lo na literatura universal


«O dom de Peixoto para a escrita é algo raro, de beleza rítmica.»

The Guardian

«A prosa encantatória e audaz de Peixoto é consistentemente bela, inacreditavelmente rica e ressonante.»
The Independent

«A escrita de Peixoto é, ao mesmo tempo, fresca, ágil e envolvente, contendo toda uma herança literária universal. Estamos perante um escritor maduro. Um admirável escritor português.»
Luís Sepúlveda