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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Último Suspiro do Mouro de SALMAN RUSHDIE

Ao jeito de As Mil e Uma Noites, o herói- narrador vai passando em revista os acontecimentos e as personagens da sua própria família, desde Cochim, no princípio do século, junto do túmulo de Vasco da Gama, até ao áspero olival andaluz onde, depois de expressar o testemunho dos seus antepassados, ele próprio se extingue de pura exaustão.


Hesitei um pouco antes de por aqui um livro do Rushdie (é verdade que já tinha posto há algum tempo uma sugestão sobre "Os Versículos Satânicos", mas agora vou começar a campanha Nobel pró Rushdie (não que os gajos do Nobel vejam este blog ou se deixem influenciar)... Hesitei e explico porquê:
Entre este "o Último Suspiro do Mouro", "O Chão que Ela Pisa" e "Os Filhos da  Meia-Noite" não sei qual considere o meu favorito.

Disse aqui há tempos que divido os meus autores de eleição por grupos consoante a idade em que os fui descobrindo e se já lá vão dez anos desde que descobri este Senhor ele não para de me surpreender... leia o livro (seja ele qual for) as vezes que ler...

Como de costume Rushdie recua no tempo até aos antepassados de Moraes Zogoiby "o Mouro" para nos introduzir na história do seu personagem fantástico que vive uma vida a ritmo acelerado. Uma viagem à Índia mágica de Rushdie, com passagem pela Andaluzia espanhola onde tudo começa e tudo acaba...
Um livro que de forma magistral aborda temas como a tolerância, liberdade, preconceito... e tem uma prosa tão caracteristica do Autor capaz de nos prender de nos fazer acreditar e viver cada palavra que ele escreve...
Rushdie é sem dúvida o mais inspirado romancista vivo da actualidade, um senhor a brincar com as palavras e  com os personagens e situações que cria como ninguém...

Para quando o Nobel para este escritor??????

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Festa do Chibo de Mario Vargas Llosa

Mais um grande livro do mais recente prémio Nobel da literatura.
Devo reconhecer que antes de conhecer o Mário nunca tinha sequer ouvido falar neste senhor mas e graças aos livros que ele (o Mário – Mr.Nonsense para quem não conhece) me emprestou fiquei não apenas a conhecer mas a admirar este Autor.
E este foi o primeiro livro do Llosa que eu comprei já lá vão seis anos (tantos quanto os que conheço o Mário por sinal).



Neste livro Llosa faz o que de melhor sabe fazer ao escrever um livro conta-nos os últimos dias de uma das mais longas ditaduras da América Latina a de Trujillo na Republica Dominicana, mas como é próprio dele conta essa história de inúmeros pontos de vista…
O ponto de vista de Urania Cabral filha de um antigo senador fiel a Trujillo que regressa a casa ao fim de uma ausência de trinta e cinco anos; o ponto de vista dos homens que assassinaram Trujillo… e de mais alguns personagens da época.
O resultado é um romance extraordinário, uma narrativa forte que nos leva a conhecer o horror escondido do mundo de Trujillo… uma viajem ao Inferno!
Um livro de génio é o mínimo que se pode dizer deste excelente “A Festa do Chibo”.

Em A Festa do Chibo, Mario Vargas Llosa recupera uma tradição na literatura latino-americana, a do romance sobre ditadores, e retratando a ditadura de Trujillo, na Republica Dominicana, recupera também a potencia das suas melhores obras.
O inegável talento do autor para manejar conflitos, criar tensões, descrever situações, revelar as razoes humanas que se ocultam detrás dos factos históricos para poder criar personagens que inspiram repugnância e compaixão resulta num romance magistral e surpreendente.
Mario Vargas Llosa de volta triunfal à sua melhor literatura.



Neste seu novo romance, o escritor peruano Mário Vargas Llosa debruça-se sobre a figura do ditador dominicano Rafael Trujillo, que esteve no poder durante 31 anos (foi deposto e assassinado numa conjura em 1961). Mas, como diz o autor em entrevista (Visão, 8/3/2001), este livro "pretende transcender a figura de Trujillo para se transformar num romance sobre todas as ditaduras". O título vem duma das alcunhas que o povo pôs a este ditador, que, como outros ditadores, cometeu as maiores atrocidades (conta-se que chegou a obrigar um dos seus súbditos a comer o próprio filho), mas também foi considerado uma espécie de semi-deus (e daí a sua perpetuação no poder durante tanto tempo). No romance, muito bem documentado, convergem três histórias: a de Urania Cabral (esta uma personagem inventada por Vargas Llosa "porque não queria que o romance fosse contado apenas a partir do interior da ditadura", Visão, ibid.), uma mulher que regressa à República Dominicana nos anos 90, depois de uma ausência de mais de trinta anos, a dos conjurados de 61, e a das atrocidades de Trujillo.

Pastagens do Céu de John Steinbeck

Há livros que por uma razão ou outra nos marcam, que por qualquer razão sentimos vontade de reler de tempos a tempos, … por vezes nem tem a ver a com a qualidade da obra mas com memórias que associamos ao livro ou à época em que o lemos.
Pelo menos isso já me aconteceu com mais de um livro. E desses aquele a que eu volto mais vezes é provavelmente este “Pastagens do Céu” de John Steinbeck.



Sem exagero li este livro mais de dez vezes…
“- Sempre pensei que devia ser óptimo ter ali uma casinha – diz o condutor do autocarro. – Gosto sempre de olhar lá para baixo e pensar como ali poderia viver fácil e tranquilamente…”
Steinbeck deixava em todos os seus livros um sentimento de tragédia, algo de profundamente perturbador, algo sombrio. E este livro não é diferente nesse aspecto. Mesmo se o cenário é um vale de beleza quase paradisíaca.
Em “Pastagens do Céu” (segundo livro do autor, publicado em 1932 e um ano do magnifico “A Um Deus Desconhecido”), Steinbeck conta-nos o dia-a-dia de uma pequena cidade situada num vale da Califórnia. Relatando pequenas histórias saltando de um personagem para outro em que o personagem central é o próprio vale Steinbeck dá-nos um vislumbre da vida sombria num canto do paraíso… Histórias marcadas pela tragédia… pela desgraça, pelo infortúnio no meio de tanta beleza…
Neste romance ele mostra-nos, ou tenta mostrar que, ainda que vivamos num jardim paradisíaco, criamos em nós e para nós os nossos próprios céus e infernos. E que, por mais que nos tentemos afastar do mundo e das suas amarguras, nada do que fizermos nos pode afastar do destino.

E na escrita do autor o destino é sempre negro e trágico…
Mesmo que no fim de cada livro dele haja sempre um raio de luz e esperança em dias melhores adivinhamos pela escrita do autor que esses dias serão breves e a preparação para mais e mais dificuldades e agruras…
Um pessimista em resumo. Mas um pessimista que sabia escrever como poucos…

Ao longo de doze histórias interligadas, tendo por cenário um vale fértil da Califórnia, John Steinbeck retrata, de forma deslumbrante, os fracassos e as fragilidades, os sonhos e as ilusões, que por vezes destroem insidiosamente as promessas das «pastagens do céu». Através da descrição de acontecimentos aparentemente irrelevantes que tantas vezes transformam de forma decisiva as vidas das pessoas, Steinbeck lança muitos dos temas que virão a marcar as grandes obras da sua maturidade. Cada uma destas histórias está ligada às restantes pela presença, em todas elas, dos Munroe, uma família cujo comportamento disfuncional e cuja falta de sensibilidade provocam, não raras vez, desastres e até mesmo tragédias. Pastagens do Céu é a crónica dramática de uma decadência, na qual, por culpa de alguns, vão pouco a pouco perecendo a harmonia e as esperanças que durante muito tempo estruturaram a vida de toda uma comunidade. «Ritmada, realista e cáustica, a escrita de Steinbeck é notável pela originalidade do seu estilo e das imagens de que faz uso, e também por um apuradíssimo sentido poético.» The New York Times Book Review

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sonho Febril de George R. R. Martin

Enquanto não chega o nono volume de “as Crónicas de Gelo e Fogo” a editora Saída de Emergência presenteou-nos com este livro de George R. R. Martin Sonho Febril.




Uma história inquietante, assustadora por vezes… num estilo quase gótico.
E ao mesmo tempo a capacidade de descrição e a beleza de alguns poemas…
Um romance magnífico que nas palavras de um crítico: “Vai causar admiração tanto aos fãs de Stephen King como aos de Mark Twain.”


Rio Mississípi, 1857, Abner Marsh, respeitável mas falido capitão de barcos a vapor, é abordado por um misterioso aristocrata de nome Joshua York que lhe oferece a oportunidade única de construir o barco dos seus sonhos. York tem os seus próprios motivos para navegar o rio Mississípi, e Marsh é forçado a aceitar o secretismo do seu patrono, não importando o quão bizarros ou caprichosos pareçam os seus actos.
Mas à medida que navegam o rio, rumores circulam sobre o enigmático York: toma refeições apenas de madrugada, e na companhia de amigos raramente vistos à luz do dia. E na esteira do magnífico barco a vapor Fever Dream é deixado um rasto de corpos… Ao aperceber-se de que embarcou numa missão cheia de perigos e trevas, Marsh é forçado a confrontar o homem que tornou o seu sonho realidade.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Alice no país das maravilhas e Alice do outro lado do espelho de Lewis Carroll

Todos conhecem as histórias, mesmo aqueles que nunca leram os livros…
Uma menina que segue um coelho que fala até à sua toca e se vê transportada para um mundo de fantasia.
Alice no País das maravilhas é provavelmente o livro de fantasias mais famoso de todos os tempos. Nas aventuras da pequena Alice, tudo é possível, tudo é maravilhoso, e na sua jornada desde que cai pela toca do coelho, a menina encontra personagens inesquecíveis e que povoam os sonhos da nossa infância, como o Coelho Branco que anda sempre atraso, o Gato de Cheshire que não pára de rir, o Chapeleiro Louco, ou a Rainha de Copas, uma monarca com muito mau feitio e especial apetência por decapitações.





Ou passa através do espelho para um outro mundo também de fantasia.
Alice do Outro lado do Espelho continua as aventuras de Alice no País das Maravilhas e, como este, é um deslumbrante conto de fadas onde tudo se torna possível graças ao poder da imaginação, do absurdo, do nonsense, da aventura sem limites... A história percorre um país em forma de tabuleiro de xadrez onde é possível cruzarmo-nos com as mais mirabolantes personagens. Lewis Carroll junta ao texto versos que parodiam autores clássicos e que contagiam a sua escrita com estranheza e uma prodigiosa imaginação.





Mas pensem um bocado estes livros, supostamente livros para crianças, não são mais que um delírio provocado por drogas e um incentivo ao seu consumo.
Sempre imaginei o que é que este senhor fumava quando li estes dois livros.
Pensem bem: narguilés, cogumelos, bebidas que fazem crescer ou encolher… personagens e cenários por demais surrealistas e psicadélicos… o homem devia tomar “daquilo que faz rir”.
E os personagens:
Uma lagarta sempre a fumar um narguilé e aconselhar a Alice a comer cogumelos é claramente um incentivo ao consumo de drogas;
O Chapeleiro Louco, a Lebre de Março, o Arganaz, a Duquesa e a Rainha de Copas são o exemplo de como se fica depois de umas quantas doses.
O jogo de croquet, o julgamento do valete de copas, animais que falam, um gato que desaparece até só ficar o seu sorriso não são mais que o delírio provocado pelas drogas…
E isto só no primeiro livro…
Juntem-lhe Humpty Dumpy, Tweedledum e Tweedledee, flores que falam, cenários, personagens e situações ainda mais psicadélicas no segundo livro e só podem chegar a uma conclusão: o senhor Charles Lutwidge Dogson (nome verdadeiro de Lewis Carroll), tomava umas e outras.

Depois de pensarem um pouco nestas palavras espero que nunca mais sejam capazes de ler estes livros da mesma maneira…

A tia Julia e o Escrevedor de Mario Vargas Llosa

Uma vez que desde que começamos este blogue eu indicava o Vargas Llosa como candidato ao Nobel e ele finalmente ganhou é mais do que justo que deixe aqui como sugestão um livro dele.


Este foi o terceiro livro dele que li já lá vai mais de quinze anos. E é um dos melhores…



Um misto de ficção com autobiografia. Um romance magnífico em que o escritor peruano, como é tão característico nele mistura diversas narrativas, diversos enredos em torno de uma só história.

Temos por um lado um jovem Llosa ao mesmo tempo estudante universitário, aprendiz de romancista e jornalista radiofónico (“Tinha um trabalho de título pomposo, salário modesto, apropriações ilícitas e horário elástico: director de Informação da Rádio Pan-Americana. Consistia em recortar as notícias interessantes que apareciam nos jornais e maquilhá-las um pouco para que fossem lidas nos noticiários.”) ao mesmo tempo que conhece a Tia Julia recém-divorciada e recém-chegada da Bolívia com quem se vai envolver numa relação amorosa e na mesma altura em que conhece Pedro Camacho, autor e interprete de novelas radiofónicas contratado pelos seus patrões (para outra rádio de que eram proprietários) com quem trava amizade.
E depois temos por outro lado episódios das novelas escritas e interpretadas por Pedro Camacho, a sua imaginação sem limites…

Durante os anos cinquenta, quando a televisão ainda não chegara ao Peru, era através da rádio que se difundiam as notícias e que as vozes fascinantes que davam alma e forma às histórias rocambolescas que coloriam a sucessão dos dias penetravam em casa das famílias. Estava-se, em suma, no tempo das rádio-novelas.
Terá sido também por essa altura e mais ou menos em simultâneo, que Pedro Camacho, autor e interprete de folhetins radiofónicos boliviano, foi contratado para aumentar a audiência da Rádio Central de Lima, e que a tia Julia, recém-divorciada, chegou do igualmente da Bolívia para transformar a vida de Varguitas, estudante de direito, aprendiz de escritor e responsável pelos serviços de informação de uma estação de rádio.
No simples enunciado do seu título, A Tia Julia e o Escrevedor anuncia a sua rigorosa e sistemática estrutura, desenvolvida em dois níveis que correm paralelos numa perfeita alternância. Por um lado, Varguitas e a sua adolescência, a descoberta do amor e da tia Julia, a mulher flaubertiana com quem terá uma relação amorosa; por outro, a imaginação prodigiosa de Pedro Camacho e as suas histórias delirantes, aventuras que no fim se confundem para se tornarem numa só. E, subjacente a ambas, a voz difundida pelas ondas populares de uma estação de rádio de Lima, que possibilita o reencontro último com a dimensão mágica da palavra.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Finalmente!!!!! Nobel da literatura para Mario Vargas Llosa

Finalmente os gajos do Nobel que decidem estas coisas acertaram!!!!!!
O segundo melhor escritor vivo da actualidade - Mário Vargas Llosa  (continuo a preferir o Rushdie) ganhou finalmente o Nobel da Literatura. Com muitos e muitos anos de atraso...

Nobel da literatura de 2010 para Mario Vargas Llosa
2010-10-07
O peruano Mario Vargas Llosa foi o vencedor escolhido para o Nobel da Literatura deste ano. O porta-voz da Academia Sueca destacou a obra de Vargas Llosa "pela sua cartografia das estruturas do poder e as suas imagens mordazes da resistência, rebelião e derrota do indivíduo".
É a primeira vez que o prémio é atribuído a um escritor peruano. Em 2009, o Nobel foi atribuído à alemã Herta Müller. Nos anos anteriores, foram distinguidos o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), a inglesa Doris Lessing (2007), o turco Orhan Pamuk (2006) e o britânico Harold Pinter (2005).O valor do prémio é de cerca de 1 milhão de euros.

Mario Vargas Llosa (nascido Jorge Mario Vargas Llosa) (Arequipa, Peru, 28 de Março de 1936), é um dos maiores escritores de língua espanhola, reconhecido, em nível mundial, como romancista, jornalista, ensaísta e político.
Sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina. Seu principal tema é a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.
Muitos dos seus escritos são autobiográficos, como "A cidade e os cachorros" (1963), "A Casa Verde" (1966) e "Tia Júlia e o Escrevinhador"(1977). Por A cidade e os cachorros recebeu o Prémio Biblioteca Breve da Editora Seix [Barral e o Prémio da Crítica de 1963. Sua obra seguinte, A Casa Verde mostra a influência de William Faulkner. O romance narra a vida das personagens em um bordel, cujo nome dá título ao livro. Seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em 4 volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950.
Há um encontro na Catedral entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, que dedica ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Em 1980 começa a ter maiores actividades políticas no país. Em 1983 a pedido do próprio presidente Fernando B. Terry preside comissão que investiga a morte de oito jornalistas. Em 1987 inicia o movimento político liberal contra a desestatização da economia, o que ia de encontro ao presidente Alan García. Em 1990 concorre à presidência do país com a Frente Demócrata (FREDEMO), partido de centro-direita, mas perde a eleição para Alberto Fujimori.
Após isso, retorna a Londres e reinicia suas actividades literárias. Em 2006, em sua mais recente visita ao país, apoia a candidatura de Lourdes Flores, tendo ganhado Alan García. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "Peixe na Água", publicada em 1991.
Bibliografia
Ficção
Os Chefes (1959)
A cidade e os cachorros ("La ciudad y los perros") (1963)
A casa verde (1966) (Premio Rómulo Gallegos)
Conversa na catedral (1969)
Pantaleão e as visitadoras (1973)
Tia Júlia e o escrevinhador (1977)
A Guerra do Fim do Mundo (1981)
História de Mayta (1984)
Quem matou Palomino Molero? (1986)
O falador (1987)
Elogio da madrasta (1988)
Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
A festa do bode (2000) - novela sobre a ditadura do general da República Dominicana, Rafael Leónidas Trujillo
O Paraíso na Outra Esquina (2003) - novela histórica sobre Paul Gauguin y Flora Tristán.
Travessuras da Menina Má (2006)
Teatro
A menina de Tacna (1981)
Kathie e o hipopótamo (1983)
La Chunga (1986)
El loco de los balcones (1993)
Olhos bonitos, quadros feios (1996)
Ensaio
García Márquez: historia de un deicidio (1971)
Historia secreta de una novela (1971)
La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
Contra viento y marea. Volúmen I (1962-1982) (1983)
Contra viento y marea. Volumen II (1972-1983) (1986)
La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
Desafíos a la libertad (1994)
La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
Cartas a un novelista (1997)
El lenguaje de la pasión (2001)
La tentación de lo imposible (2004) - ensayo
Prémios e condecorações
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações. Destacamos alguns: o Premio Rómulo Gallegos (1967) e principalmente o Prémio Cervantes (1994). Outros prémios, a saber, o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, por seu romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi concedido o Prémio Planeta por seu romance Lituma nos Andes. Uma grande relevância na sua carreira literária Prémio Biblioteca Breve, que se deu por Baptismo de Fogo, em 1963, marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985. Ganhou o prémio Nobel da literatura 2010.

Fonte: a sempre (in)falivél Wikipedia


A ver se as publicações D.Quixote se lembram agora de reeditar "A História de Mayta" - é o único romance dele que me falta e nunca li.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Marina de Carlos Ruiz Zafón

“Todos temos um segredo fechado a sete chaves nas águas-furtadas da alma. Este é o meu.”




Quem já leu qualquer um dos livros de Zafón percebe o que eu vou dizer:
Este livro é mais do mesmo: A Barcelona invisível, a atmosfera ora de sonho ora de pesadelo, acção, o ambiente num misto de suspense e terror, personagens fantásticas… Isto é: EXCELENTE!!!!!!!!!!!

“Em Maio de 1980 desapareci do mundo durante uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro.”

Na nota do autor que antecede a história ele diz: “Sempre acreditei que todo o escritor, admita-o ou não, tem sempre entre os seus livros alguns como favoritos. Essa predilecção é raro ter a ver com o valor literário intrínseco da obra ou com o acolhimento que ao aparecer lhe dispensaram os leitores ou com a fortuna ou penúria que lhe tenham proporcionado a sua publicação. Por qualquer estranha razão, sentimo-nos mais próximos de algumas das nossas criaturas sem sabermos explicar muito bem o porquê. De todos os livros que publiquei desde que comecei neste estranho ofício de romancista, lá por 1992, Marina é um dos meus favoritos.”

E depois de devorar este livro posso garantir-vos que é fácil compreender porquê.

“- Pintar é escrever com luz – afirmava Salvat. – Primeiro deves aprender o seu alfabeto; depois a sua gramática. Só então poderás ter o estilo e a magia.”

Isto foi escrito pelo autor nas páginas deste livro e garanto que ele escreve aqui não apenas com luz mas também e, principalmente com a sua ausência.

Escrito entre 1996 e 1997, Marina foi o romance que antecedeu os dois maiores êxitos do autor (“A Sombra do Vento” e “O Jogo do Anjo”) e nele encontramos todos os ingredientes que fizeram dessas obras livros de culto e do seu autor um dos fenómenos literários dos últimos tempos.

Novamente nas palavras do escritor: “(…)Publicara anteriormente três romances para jovens e pouco depois de embarcar na composição de Marina tive a certeza de que esta seria a última do género que escreveria. À medida que avançava na escrita, tudo naquela história começou a ter sabor a despedida e, quando a terminei, tive a impressão d que qualquer coisa dentro de mim, qualquer coisa que ainda hoje não sei muito bem o que era, mas de que sinto falta dia a dia, ficou ali para sempre. (…)”

Em primeiro lugar ao contrário do autor não vejo este livro como o último de um ciclo mas como o primeiro, o antecessor dos maiores êxitos dele. Como já disse, está ali tudo o que fizeram dos seus romances posteriores êxitos mundiais;

Em segundo lugar o sabor a despedida está presente em todo o livro, da primeira à última página. E é uma das coisas que me prendeu ao livro. Um ingrediente de qualidade escrita com mestria por alguém que o sabe fazer.



“Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu.”



Na Barcelona de 1980, Óscar Drai sonha acordado, deslumbrado pelos palacetes modernistas próximos do internato onde estuda. Numa das escapadelas nocturnas conhece Marina, uma rapariga audaz e misteriosa que irá viver com Óscar a aventura de penetrar num enigma doloroso do passado da cidade e de um segredo de família obscuro. Uma misteriosa personagem do pós-guerra propôs a si mesmo o maior desafio imaginável, mas a sua ambição arrastou-o por veredas sinistras cujas consequências alguém deve pagar ainda hoje.


Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff o amigo de infância de Jesus Cristo deChristopher Moore

“Vocês acham que sabem como esta história vai acabar, mas não sabem. Confiem em mim, eu estive lá e sei.”

Há uns anos quando ainda estava na faculdade conheci uma rapariga que veio para Coimbra no programa Erasmus chamada Hilda Samuelson, é o único caso que conheço de uma pessoa que tem tripla nacionalidade. Norueguesa da parte da mãe; Estadunidense por parte do pai e Francesa do país onde nasceu e viveu até aos dezassete anos. Os pais de Hilda divorciaram-se quando ela tinha doze anos e o pai acabou por regressar aos EUA. Ela habituou-se a passar todos os anos uma temporada com o pai nos EUA e numa dessas visitas, segundo me contou descobriu este autor maravilhoso. E fez-mo descobrir…
A primeira vez que li este livro (o primeiro deste autor que li) foi numa edição americana e adorei… e foi um prazer redescobri-lo agora em língua portuguesa (e é mais fácil de ler, pelo menos para mim).









Este livro é uma delirante reconstrução da vida de Cristo nas palavras do seu amigo de infância Levi bar Alphaeus, também conhecido por Biff. “(…) a minha alcunha, (Biff), vem do nosso termo em calão para uma palmada na testa, algo que a minha mãe dizia que eu precisava, desde tenra idade, pelo menos uma vez ao dia.(…)”

Para quem já leu “O Anjo Mais Estúpido” já está familiarizado com a personagem de Raziel, o anjo encarregue da revelação do nascimento de Cristo. Neste livro tornamos a encontra-lo em duas ocasiões: naquela relatada no “Anjo mais Estúpido” (o atraso de dez anos na revelação;
e desde o inicio do livro quando é encarregue de ressuscitar e vigiar Biff para o fazer escrever a sua versão dos factos.
“ (…) – Quando parto? Estou quase a acabar isto.
- Agora. Embala o dom das línguas e alguns milagres menores. Nada de armas, não é uma missão de ira. Viajarás incógnito e com grande discrição, mas é importante. Está tudo nas ordens. – Estêvão entregou-lhe o pergaminho.
- Porquê eu?
- Eu também fiz essa pergunta.
- E?
- Recordaram-me porque motivo se expulsam anjos.
- Eh lá! É assim tão importante?
Estêvão pigarreou, obviamente por afectação, pois os anjos não respiram.
- Não sei até que ponto é suposto eu saber, mas consta que se trata de um novo livro.
- Estás a brincar, uma sequela? Revelações 2? Agora que já pensavam que era seguro pecar?
- É um Evangelho.
- Um Evangelho depois de todo este tempo? De quem?
- De Levi, também conhecido por Biff.
Raziel largou o pano e levantou-se.
- Isso só pode ser engano.
- A ordem veio directamente do Filho.
- Há uma razão para Biff não ser mencionado nos outros livros, sabes? Ele é um…
- Não digas.
- Mas ele é um imbecil. (…)”

Quem já leu um qualquer livro de Moore sabe o que pode esperar deste livro:
Gargalhadas asseguradas de inicio ao fim. Piadas entrelaçadas com momentos de maior seriedade, apesar de tudo isto ainda é um livro sobre a vida do Salvador…
Mas não esperem um tipo de humor fácil com piadinhas previsíveis. Não este senhor é dono da escrita mais mordaz e de um dos humores mais inteligentes que tenho lido.


“(…)Os anjos não passam de insectos bonitinhos. Os Dias da Nossa Vida é uma telenovela, Raziel, uma encenação. Não é real, percebes?
- Não.
E não percebia mesmo. Descobri que hoje em dia é costume contar histórias cómicas acerca da estupidez dos loiros. Adivinhem onde tudo isso começou. (…)


Ou outro exemplo:

“ (…) Eu apontei para trás dele e Jesua virou-se, testemunhando toda a glória do grande gajo de pêlo branco.
- Com o caneco!
O Gigante Felpudo saltou para trás, agarrado ao seu chá como se este fosse um bebé em perigo, emitindo umas vocalizações que não eram propriamente uma linguagem. Se fossem, provavelmente significavam também “Com o caneco”.
Foi agradável ver o magistral controlo de Jesua escapar-se-lhe, dando lugar a um estado de perfeita confusão.
- O que é… quer dizer, quem é… O que é aquilo?
- Judeu não é – disse eu, com um ar muito solícito, apontando para os noventa centímetros de prepúcio.(…)
- Por favor, Gaspar – disse Jesua. – Isto é uma questão prática e não de crescimento espiritual. O yeti suspirou, voltando a lamber a face de Jesua. Eu percebi que a criatura devia ter uma língua mais áspera que a de um gato, pois a face de Jesua estava a ficar cor-de-rosa, com a abrasão.
- Dá-lhe a outra face, Jesua (…)”
Esta passagem demonstra duas coisas que eu adoro neste autor: o humor inteligente e a capacidade de criar situações improváveis. Quem mais seria capaz de juntar Cristo e o Abominável Homem da Neves no mesmo cenário?
Agora se ainda não leram este livro imaginem 480 páginas desta escrita.


Centenas de milhares de pessoas em todo o mundo leram – e releram – a história irreverente, iconoclasta e divinamente divertida da infância de Jesus Cristo, segundo o testemunho do seu amigo de infância, Levi bar Alphaeus (também conhecido por Biff). Agora, também tu poderás descobrir o que realmente aconteceu entre a manjedoura e o Sermão do Monte.
Numa nota final, expressamente concebida para esta edição, Christopher Moore responde às questões mais colocadas pelos leitores acerca do livro e de si, desde a primeira edição de Cordeiro.
Fresco, divertido, pungente e sábio, Cordeiro tem sido alvo de regozijo para os leitores de todo o mundo.

E nessa tal nota final podemos encontrar mais umas pérolas do autor:
“(…) Uma semana mais tarde o programa Frontline da PBS exibiu um documentário especial chamado “From Jesus do Christ”, no qual arqueólogos, historiadores e teólogos discutiam o contexto histórico da vida de Jesus Cristo. Os peritos sublinharam repetidamente a questão de que os primeiros trinta anos da vida de Cristo não estavam documentados nos Evangelhos canónicos.
- Alguém devia escrever essa história! – disse eu falando com severidade comigo mesmo, como é costume fazer, quando não tenho ninguém por perto para me chamar de doido. – E como não sei absolutamente nada sobre teologia ou historia, esse alguém deva ser eu! (…)”

Este é diga-se de passagem o tipo de raciocínio que eu costumo seguir muitas vezes.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

mensagem breve

Recebi hoje um comentário a uma postagem com quase um ano a perguntar quando é que colocávamos aqui uma postagem sobre o livro "Lamb" (Cordeiro - o evangelho segundo Biff) do meu adorado Christopher Moore.
Essa postagem esta prevista mas há duas condições:
1º Que eu leia o livro - já está em cima da mesa de cabeceira à espera de vez e de tempo...
2º Há uns dias atrás convidamos o irmão do Byblos para se juntar à equipa deste blog e como ele ainda é mais fã do Moore do que eu, estou à espera da resposta dele e do que ele vai postar aqui para avançar com essa postagem...

Entretanto já estou quase a acaar de ler o livro "Marina" do Carlos Ruiz Zafón e estou a adorar e quando tiver acabado vou postar aqui umas linhas sobre esse livro.

Até Breve...