Pesquisar neste blogue

Etiquetas

Mario Vargas Llosa (7) romance histórico (6) Bernard Cornwell (5) Chuck Palahniuk (5) Christopher Moore (4) Erico Veríssimo (4) Haruki Murakami (4) Carlos Ruiz Zafón (3) Deana Barroqueiro (3) George R. R. Martin (3) SALMAN RUSHDIE (3) Amin Maalouf (2) Antoine de Saint-Exupéry (2) Arturo Pérez-Reverte (2) José Luís Peixoto (2) Luis Sepúlveda (2) Prémio Nobel da literatura (2) Richard Zimler (2) Roberto Bolaño (2) Robin Hobb (2) Stieg Larsson (2) crónicas saxónicas (2) 1Q84 (1) 2666 (1) A Balada do café Triste (1) A Cidade e os Cães (1) A Cruz Amarela (1) A Demanda da Reliquia (1) A Desilusão de Deus (1) A Festa do Chibo (1) A Floresta dos Espíritos (1) A Guerra do Fim do Mundo (1) A Historia de Mayta (1) A IGNORÂNCIA DO SANGUE (1) A Neblina do Passado (1) A Rainha no Palácio das Correntes de Ar (1) A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo (1) A SOMBRA DO VENTO (1) A Saga do Assassino (1) A SÍNDROME DE ULISSES (1) A Valsa do Adeus (1) A conspiração contra a América (1) A guerra dos tronos (1) A tia Julia e o Escrevedor (1) A tábua de Flandres (1) AUTOBIOGRAFIA PELOS MONTY PYTHON (1) Al Berto (1) Alfred Döblin (1) Alice do outro lado do espelho (1) Alice no país das maravilhas (1) Alison Croggon (1) Ambrose Bierce (1) Angelologia (1) As Crónicas de Gelo e Fogo (1) As cruzadas vistas pelos Arabes (1) Auto-de-Fé (1) Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo (1) Baudolino (1) Berlim Alexanderplatz (1) Bill Willingham (1) Boris Vian (1) CRISTOVÃO COLOMBO O ÚLTIMO DOS TEMPLÁRIOS (1) Caim (1) Carson McCullers (1) Chuck Palahniuk Jean-Christophe Grangé (1) Cidadela (1) Cinza e Poeira (1) Clarissa (1) Clube de combate (1) Confia em Mim (1) Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff o amigo de infância de Jesus Cristo (1) Correcção à postagem anterior (D. Sebastião e o Vidente) (1) Corrida contra a morte (1) Cronicas do Senhor da Guerra (1) Crónica do passaro de corda (1) D. Sebastião e o Vidente (1) Dacre Stoker (1) Danielle Trussoni (1) Dança Dança Dança (1) Diário (1) Dostoievski (1) Douglas Adams (1) Drácula - O Morto-Vivo (1) Elias Canetti (1) Elizabeth Kostova (1) Em nome da terra (1) Emily Bronte (1) Excalibur (1) FABLES - FÁBULAS LENDAS NO EXILIO (1) Fernando Assis Pacheco (1) Firmin (1) Furia Divina (1) Gore Vidal (1) Grouxo Marx (1) Harlequin (1) Harry Potter (1) Historias daqui e dali (1) Histórias Amorais Para Crianças e Animais (1) Imperio (1) Incidente em Antares (1) Invasores Terrestres (1) Inéditos (1) J.K. Rowling (1) JOHN DOS PASSOS - MANHATTAN TRANSFER (1) JOSH BAZELL (1) JOÃO PAULO OLIVEIRA E COSTA (1) JULIO MAGALHÃES (1) Jack Kerouac (1) Jeaan Christophe Grangé (1) Jeff Abbott (1) Jesus o Bom e Cristo o Patife (1) John Steinbeck (1) Joseph Conrad (1) José Carlos Ary dos Santos (1) José Rodrigues dos Santos (1) José Saramago (1) João Diogo Zagalo (1) João Ubaldo Ribeiro (1) Lan Medina (1) Leonardo Padura (1) Lewis Carroll (1) Lidia Jorge (1) Livro (1) Luis Fernando Verissimo (1) Luka e o Fogo da Vida (1) Lullaby - canção de embalar (1) MARK BUCKINGHAM (1) MONTY PYTHON (1) Marina (1) Matilde Rosa Araújo (1) Matthew Pearl (1) Memórias de um Pinga-Amor (1) Milan Kundera (1) Minha Besta (1) Monstros Invisíveis (1) Morreu José Saramago (1) Mário Delgado Aparaín (1) Mário de Carvalho (1) Música ao Longe (1) Nenhum Olhar (1) Norman Mailer (1) Nostromo (1) O Albatroz Azul (1) O Cais das Merendas (1) O Clube Dumas (1) O Clube dos Anjos (1) O Deus das Moscas (1) O Dom - As Crónicas de Pellinor Livro I (1) O Graal (1) O IMPÉRIO DOS PARDAIS (1) O Inimigo de Deus (1) O Medo (1) O Monte dos Vendavais (1) O Outono em Pequim (1) O Regresso do Assassino (1) O Rei do Inverno (1) O Restaurante no Fim do Universo (1) O Resto é Silêncio (1) O Romance da Bíblia (1) O Silmarillion - Contos inacabados de Numenor e da Terra Média - Tolkien (1) O Sonho do Celta (1) O Terceiro Reich (1) O ULTIMO CABALISTA DE LISBOA (1) O Vagabundo (1) O clube de Dante (1) O espião de D João II (1) O jogo do anjo (1) O planalto e estepe (1) O Último Suspiro do Mouro (1) OS RETORNADOS - UM AMOR NUNCA SE ESQUECE (1) OS VERSÍCULOS SATÂNICOS (1) Obra Poética (1) Os Anagramas de Varsóvia (1) Os Gropes (1) Os Homens Que Odeiam as Mulheres (1) Os Jardins da Luz (1) Os Ladrões de Cisnes (1) Os Nus e os Mortos (1) Os Piores Contos dos Irmãos Grim (1) PEREGRINAÇÃO DE ENMANUEL JHESUS (1) Pastagens do Céu (1) Pedro Rosa Mendes (1) Pela Estrada Fora (1) Pepetela (1) Philip Pullman (1) Philip Roth (1) Primo Levi Se isto é um homem A trégua Os que sucumbem e os qu se salvam (1) RUGGERO MARINO (1) Recordações da casa dos mortos (1) Rei Artur (1) Renato Carreira (1) René Wais (1) Richard Dawkins (1) Robert Silverberg (1) Robert Wilson (1) SANTIAGO GAMBOA (1) Sam Savage (1) Sherwood Anderson (1) Sobrevivente (1) Sonho Febril (1) Stonehenge (1) Sugestões de Natal (1) Terra em Chamas (1) Tom Sharpe (1) Tom Wolfe; Salman Rushdie (1) Trabalhos e Paixões de Benito Prada (1) Um Lugar ao Sol (1) Um acontecimento na ponte de Owl Creek (1) Um deus passeando pela brisa da tarde (1) Umberto Eco (1) Vergílio Ferreira (1) Will Ferguson (1) William Golding (1) Winesburg Ohio (1) Yrsa Sigurdardóttir (1) a canção da espada (1) conversa na catedral (1) o anjo mais estupido (1) o bobo (1) o cavaleiro da morte (1) o último reino (1) os meus primeiros anos Winston Churchill (1) os senhores do norte (1) À Boleia Pela Galáxia (1)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

1Q84 (volume 1) de Haruki Murakami



1Q84 é a mais recente obra de um dos maiores escritores da actualidade. E mais uma vez Haruki Murakami não nos desilude.


Como qualquer um dos livros anteriores este 1Q84 (por enquanto ainda só a primeira parte – de três) é uma obra magistral. Uma obra em que fantasia e realidade caminham lado a lado em que se cruzam se fundem sem perder o rumo e sem cansar ou confundir o leitor. Como é, de resto, habitual neste Senhor.

Murakami constrói personagens e situações como mais ninguém é capaz de o fazer e neste livro ele atinge o seu ponto mais alto.



Um mundo aparentemente normal, duas personagens - Aomame, uma mulher independente, professora de artes marciais, e Tengo, professor de matemática - que não são o que aparentam e ambos se dão conta de ligeiros desajustamentos à sua volta, que os conduzirão fatalmente a um destino comum. Um universo romanesco dissecado com precisão orwelliana, em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes.


Em 1Q84, Haruki Murakami constrói um universo romanesco em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes. Onde acaba o Japão e começa o admirável mundo novo em que vivemos? Uma ficção que ilumina de forma transversal a aldeia global em que vivemos.



Sou há já uns anos fã incondicional deste senhor e enquanto ele nos for presenteando com pérolas destas não vou deixar de o admirar. Agora o que eu não sei é como é que ele consegue… como é possível alguém escrever um livro e alcançar o sucesso junto de públicos tão diferentes.(e aqui refiro-me a qualquer um dos livros dele).

Para o próximo ano já tenho mais dois livros na lista de compras

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Jesus o Bom e Cristo o Patife de Philip Pullman

Ora aqui está um livrinho que não aconselho àqueles que são excessivamente religiosos.



Jesus o Bom e Cristo o Patife é uma fábula sobre a vida do Messias, uma reinvenção (ou releitura - se preferirem) do Novo Testamento.
Neste pequeno e delicioso livro Pullman conta-nos a vida de dois irmãos Jesus e Cristo e de como eles se tornaram um e a base da fundação de uma religião que dominou o mundo.

«Esta é a história de Jesus e do seu irmão Cristo, de como nasceram e viveram e de como um deles morreu. A morte do outro não pertence a esta história.» Neste romance fascinante, Philip Pullman desdobra em duas a personagem central de um dos mais célebres mitos do mundo ocidental. Jesus é um pregador imbuído de fé e intransigente nos princípios; o seu gémeo, Cristo, inventa milagres e compõe uma narrativa sobre a qual se edificará o poder da Igreja.

Que fique bem claro, em momento algum o autor coloca em causa Jesus o que ele coloca em causa é a forma como a mensagem de Jesus é interpretada e utilizada para os interesses da igreja...

É uma espécie de catecismo moderno. Um livro com muito humor mas e ao mesmo tempo um livro sério... a ler sem preconceitos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O jogo do anjo de Carlos Ruiz Zafón

«Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço.»




Há livros que nos marcam, aos quais voltamos vezes sem conta... para mim este é um deles!!!
O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón não é propriamente uma novidade (foi publicado em 2008), mas é um daqueles livros que nos prendem de inicio ao fim.

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais.
Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.




Quem já leu outros livros do autor sabe com o que pode contar: uma atmosfera sombria, quase gótica, uma Barcelona mágica envolta num véu quase mágico... e uma colecção de personagens que nos guiam pelas páginas do livro.
Quem leu "A Sombra do Vento" vai reencontrar personagens (Sampere, Barceló...) e locais desse romance (A livraria Sampere e filho, O cemitério dos livros esquecidos...) mas são histórias diferentes, tempos diferentes mas a magia e o talento deste autor está lá...

para que conste acabei agora a terceira leitura deste livro e de cada vez descubro algo novo...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Premio Nobel 2011

O Prémio Nobel da Literatura 2011 foi atribuído ao poeta sueco Tomas Transtroemer, anunciou hoje a Academia Sueca, em Estocolmo.
O poeta sueco mais traduzido em todo o mundo (em 30 línguas), Transtroemer, de 80 anos, começou a publicar poesia aos 23 anos e o seu primeiro livro intitulava-se "17 dikter" ("17 Poemas").

Em Portugal, Tomas Transtroemer está representado na coletânea "21 poetas suecos", editada pela Vega, em 1981.

Confesso humildemente que nem nunca tinha ouvido falar deste senhor...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Baudolino de Umberto Eco

A gente já conhece há muito tempo os favoritos do Mário para o Prémio Nobel da Literatura. Lista ecabeçada ano após ano pelo inevitavel Salman Rushdie... e se eu até concordo com esse nome e com o facto de, muito dificilmente, ele o vir a ganhar, há outro nome que é o meu favorito: UMBERTO ECO!!!!

Na zona do baixo Piemonte onde, anos depois, virá a surgir Alexandria, Baudolino, um pequeno camponês fantasioso e aldrabão, conquista o imperador Frederico Barbarroxa e torna-se seu filho adoptivo. Baudolino vai fabulando e inventando mas, quase por milagre, tudo o que imagina produz História. Assim, entre outras coisas, constrói a mítica epístola do Prestes João, que prometia ao Ocidente um reino fabuloso, no longínquo Oriente, governado por um rei cristão, que abalou a fantasia de muitos viajantes sucessivos, incluindo Marco Polo…
…A história de um crime impossível, um conto fantástico, teatro de invenções linguísticas hilariantes, este livro celebra a força do mito e da utopia…

Mais do que um romance histórico, Baudolino é uma viagem ao imaginário da Idade Média, ás suas crenças, temores e sim, também à história. As Cruzadas, guerras e conflictos no interior do Sacro-Império. Na história misturam-se personagens ficticias (Baudolino e os seus mais fieis amigos...) com personagens reais (Frederico Barba Roxa, alguns nobres, os vários Papas e anti-Papas...).
A história pode-se resumir nas próprias palavras do personagem: "(...),o problema da minha vida é que sempre confundi o que via com o que queria ver." ou então "(...), mas quanto ao resto estavam todossuspensos dos meus lábios. Se me apetecesse dizer que tinha visto uma sereia no mar - depois de o imperador me trazer como o que via os santos - todos acreditavam e me diziam bravo, bravo..."
E é precisamente essa capacidade de transformar a imaginação em factos reais que vai levar Baudolino a reescrever a história do seu tempo influenciando e guiando os seus protagonistas começando pelo próprio imperador Frederico.
Ao longo da história o real mistura-se com a fantasia, sem se saber o que é verdadeiro... e o que é fantasia... de tal modo que chega a ser hilariante ler as ideias e planos que ocorrem na mente de Baudolino e seus amigos.


«Baudolino é uma sumptuosa ecografia, um delicioso fresco sobre a vida da abadia, os labirintos, as heresias, a necromântica, o riso, a pobreza, os segredos da biblioteca. A carta do mítico Prestes João é bem a criação por antonomásia a que Baudolino dará dignidade "oficial", porventura a invenção mais feliz deste livro.»
Jornal de Letras
«Se Baudolino se tornar tão popular como Guilherme de Baskerville e Adso, os protagonistas de O Nome da Rosa, os leitores de Eco conversarão tão facilmente sobre o século XII e Frederico Barbarroxa como discutem sobre a programação televisiva.»
Expresso
«A partir do imaginário do seu protagonista, Eco cria uma narração leve e hilariante, em que nada é absurdo, que narra os acontecimentos históricos como aventuras de um grande romance picaresco.»
Público

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Auto-de-Fé de Elias Canetti

Há já bastante tempo que não postava nada e hoje o Mário resolveu dar-me o tema de mão-beijada.








Auto-de-fé é o único romance de Elias Canetti. Obra magistral, catapultou este escritor de génio forte e individual para a categoria dos principais autores europeus, ao lado de Robert Musil, Hermann Broch e Karl Kraus. Proibido pelo regime nazi aquando da sua publicação, este é hoje considerado um dos livros fundamentais da história da literatura ocidental. Auto-de-fé narra a história do professor Peter Kien: sinologo e erudito. O seu apartamento é uma imensa biblioteca onde Kien se refugia para evitar todo e qualquer contacto físico e social. O ponto de viragem da sua vida é o casamento com Therese, a sua governanta. Se Kien é um homem composto de livros, Therese é a sua contrafigura pragmática e mesquinha. Expulso da sua própria casa, Kien empreenderá uma viagem aos infernos, com final trágico e surpeendente.


Um livro que se centra na personagem de Peter Kien um bibliófilo, quase agorafóbico, que prefere a companhia dos seus preciosos livros a qualquer contacto humano. Um personagem que vê nos livros não o reflexo da humanidade mas um refugio um local onde se pode proteger dessa mesma humanidade que tanto despreza. O seu único contacto é Therese, a sua governanta com quem vem a casar, não por amor, não por necessidade de afecto mas por ver nela e no cuidado que tem com a sua biblioteca a salvação e protecção da sua biblioteca. Mas os planos não correm como ele prevê.
Escrito numa altura em que o regime nazi queimava livros por toda a Europa este livro constitui uma resposta e um espelho a esse regime. Sem querer estragar a história a quem ainda não leu o livro a imagem final de Kien a sorrir enquanto o fogo destroi a sua preciosa biblioteca reflecte (a vocação para a falta de comunicação de um amante de livros que pensa que o resto do mundo, obviamente ignorante, não merece aceder aos tesouros impressos que guarda, tem o seu equivalente no senhor de bigodinho ridículo que pensava que o resto do mundo, obviamente impuro, não merecia aceder a quaisquer tesouros. Entre ambos, a narrativa de Elias Canetti constrói uma ponte mais eficaz na denúncia da barbárie (onde os livros são um pormenor, mas cheio de significado) que mil panfletos com a história bem contada.
Sara Figueiredo Costa
http://cadeiraovoltaire.wordpress.com/2011/07/11/elias-canetti-auto-de-fe-cavalo-de-ferro/)

E como o Mário tinha dito na postagem anterior que nunca tinha conseguido ler este livro até ao fim eu resolvi posta-lo aqui e por dois motivos:
1º Para ver se o irrito um bocadinho
2º Porque gostei realmente deste livro

Prémio Nobel

Mais uma vez a um mês de se conhecer o galardoado deste ano deixo aqui a minha lista de candidatos com uma alteração ou outra (afinal o Vargas Llosa ganhou o ano passado) então vejamos:

Salman Rushdie - Sim continuo a insistir neste senhor que é, a meu ver, o melhor escritor da actualidade... e mesmo sabendo que os senhores que decidem do prémio tem medo de levar com uma bomba.

Haruki Murakami - Pelo conjunto da obra, única e com a capacidade de nos fazer sonhar, pea fantasia e pela poesia.

Agustina Bessa-Lúis - Uma senhora das letras portuguesa, mesmo que tenha tendencia para se dispersar um bocadinho.

António lobo Antunes - Talvez o melhor escritor português da actualidade e um dos melhores do mundo.

Amin Maalouf - Outro dos grandes nomes da literatura mundial, um génio...

Phlip Roth - Já o disse antes e repito não sou grande fã deste senhor (autor de um dos três livros [Teatro de Sabath] que fui incapaz de ler até ao fim - mas e pensando nisso os outros dois tambem ganharam o Nobel[Terra do Pecado do Saramago e Auto de Fé do Elias Canetti])

Seja como for daqui a cerca de um mês sabemos que é o vencedor deste ano

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cinza e Poeira de Yrsa Sigurdardóttir

Na Islândia, sob as cinzas do vulcão, quatro crimes e uma investigação no fio da navalha.

«Uma erupção de talento.»
The Scotsmann



Está bem, é verdade a senhora tem um nome quase impossivel de dizer, mas o que importa é a historia e essa é extraordinaria...
E se há algo que me assusta nestes livros é que sempre nos passaram a ideia que o pessoal da Europa do Norte é muito civilizado e pacifico e educado e todas essas coisas e depois lemos os livros policiais que eles escrevem e dá nisto os "gajos" afinal ainda são piores que os outros....

«A resposta irlandesa a Stieg Larsson.»
The Daily Telegraph

Trinta anos após a mais sensacional erupção vulcânica da Islândia, nas Ilhas Westland, foi permitido aos antigos habitantes revisitarem os seus lares soterrados pela cinza e pela lava.
Markus Magnusson descobriu na cave da sua casa de então três cadáveres e várias cabeças. Quando interrogado pela polícia, declarou que, a pedido de uma amiga de infância, fora recuperar uma caixa que aí tinha escondido 30 anos atrás, pouco tempo antes da fuga da catástrofe. Mas eis que a amiga é assassinada antes de poder desvendar o conteúdo da tal caixa.
Este é o ponto de partida para uma empolgante investigação policial da advogada Thóra Gudmundsdóttir, que irá encontrar muito segredos de família e fantasmas que continuam a assombrar a chamada Pompeia do Norte.

sábado, 9 de julho de 2011

O Regresso do Assassino de Robin Hobb



Já aqui tinha falado desta autora e da série anterior "A Saga do Assassino" que é, na minha opinião, a par com a saga "As Crónicas do Gelo e Fogo" a melhor história de fantasia que apareceu em livro nos ultimos anos.
Passaram-se quinze anos desde os acontecimentos narrados na Saga do Assassino, Fitz vive isolado com o seu lobo longe de um mundo que o imagina morto... Mas Fitz acaba por regressar a Torre do Cervo onde reencontramos velhos conhecidos e novos personagens.
É apenas o primeiro volume de uma série que promete ser tão boa como a anterior...





"Os fãs de Robin Hobb não ficarão desapontados com esta nova série." -Monroe News-Star

Ele é um bastardo com sangue real.
Ele é um assassino com poderes malditos.
Ele é a única esperança para um reino caído em desgraça.

Atreva-se a entrar num mundo de perfídia e traição que George R. R. Martin apelidou de "genial". Atreva-se a acompanhar um herói que a crítica considerou "único". O Regresso do Assassino é o regresso da grande fantasia épica. Se está à espera de mais do mesmo, este livro não é para si. Caso contrário... bem-vindo a uma aventura que nunca irá esquecer!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Leonard Cohen venceu o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras de 2011

O compositor, cantor e escritor canadiano é considerado um dos mais importantes nomes da música popular do século XX e viu agora o seu trabalho reconhecido com o galardão que ostenta o nome do herdeiro da coroa espanhola, no valor de 50 mil euros. O Prémio Príncipe das Astúrias das Letras será entregue ao laureado, assim como aos vencedores nas outras categorias, em Outubro, em Oviedo (Espanha), pelo príncipe Filipe de Espanha. Leonard Cohen, 76 anos, era um dos finalistas ao galardão, ao lado da escritora canadiana Alice Munro e do romancista inglês Ian McEwan, e esteve também nomeado ao Prémio Príncipe das Astúrias das Artes deste ano.




Nascido em Montreal a 21 de setembro de 1934, Leonard Cohen é autor de músicas que versam sobre amor, espiritualidade, religião, numa toada de melancolia, cinismo e provocação.
Mas ainda antes de ser conhecido como escritor de canções, Leonard Cohen tinha já ambições literárias.
"Let us compare mythologies", o primeiro livro de poesia, foi publicado em 1956, seguindo-se em 1963 o romance "O jogo favorito", editado em Portugal em 2010, e o de poesia "Flowers for Hitler" (1964).
Em Portugal estão também publicados "Filhos da Neve" e "O livro do desejo", que reúne poemas dispersos escritos ao longo dos últimos vinte anos, alguns dos quais durante um retiro budista de Cohen nos Estados Unidos e na Índia.

Alguns dos poemas desse livro foram adaptados para letras de canções, o que significa que para Cohen a composição musical e a literária se alimentam mutuamente.

"As suas canções revelam uma qualidade literária rara, no mundo da música popular, e a poesia e a prosa demonstram uma profunda musicalidade", sublinha a biografia oficial do músico.

Judeu e monge budista, criador de "Hallelujah", Leonard Cohen esteve 15 anos ausente dos palcos, tendo voltado a atuar em 2008, no âmbito de uma digressão internacional que o fez passar por Lisboa por três vezes, até 2010.

Os álbuns "Songs of Leonard Cohen" (1967), que inclui os temas "So long, Marianne" e "Sisters of Mercy", e "Songs of love and hate" (1971) são dois dos mais importantes da sua discografia.


Lusa