E a verdade é que há anos que não pegava num livro de Philip Roth, desde que aí por volta de 2001 li (ou tentei ler) o seu "Teatro de Sabath" numa palavra:INTRAGÁVEL. Ao ponto de ser um dos dois livros que, até hoje, não consegui acabar de ler. (o outro - para que conste - foi o "Auto de Fé" de Elias Canetti).
Isto para dizer que devido à primeira impressão bastante negativa nunca mais tinha pegado num livro de Roth. Isto é até me terem emprestado este "A Conspiração Contra a América".
Partindo de factos históricos e misturando personagens da história dos EUA com personagens de ficção, Roth cria uma história, a todos os níveis notável.
1940 o mundo em guerra até ao momento os EUA mantiveram-se de fora do teatro de operações quando Franklin D. Roosevelt se prepara para ganhar um terceiro mandato presidencial (facto inédito até hoje) é inesperadamente derrotado por Charles Lindebergh conhecido pela sua simpatia para com o Partido Nazi e Adolf Hitler.
Começa então o pesadelo para milhões de judeus americanos, o medo de ver a América transformada num estado fascista e anti-semita, medo dos campos de concentração e da perseguição. Tudo contado pelos olhos de uma criança (o próprio autor).
E se é verdade que quando o pesadelo começa a tornar-se realidade o Autor escolhe a saída mais fácil não deixa de ser um bom livro, que conseguiu quebrar as minhas reservas em relação ao Autor e ao seus livros, agora é esperar e ver se os próximos que ler confirmam esta impressão ou a primeira...
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