Não sei - nunca soube- em que género o havia de classificar. Romance, ensaio, filosofia... não sei...
Mas posso garantir que é uma obra prima.
Confesso que ainda pensei andar a pesquisar na net em busca de algo que me ajudasse a escrever sobre este livro mas tudo o que encontrei (em diversos sites) foi e passo a citar:
Prefacio e Tradução de Ruy Belo.A Obra-prima de Saint-Exupéry.«Cidadela» é impossível de inserir num género específico, pois é composta por um léxico próprio, de vocábulos iluminados por um sentido outro. O sentido do que é autêntico, sincero e participado, pois, para Saint-Exupéry, só quem colabora é. E «Cidadela» é, porque reflecte o coração do homem simultâneamente singular e universal que procura e se pacifica ao considerar o silêncio como uma das respostas possíveis. Ao longo de uma narração de ordem aparentemente aleatória o autor indicia, assim, com uma sensibilidade notável, o reconhecimento dos limites próprios, dos outros e das coisas. Nas suas palavras: "a pedra não tem esperança de ser outra coisa que não pedra. Mas ao colaborar, ela congrega-se e torna-se templo" ainda que de abóboras imperfeitas, porque livres.
Convém realçar - e acho que isso escapou a quem escreveu este texto- que a ordem aparentemente aleatória do texto deve-se em grande medida ao facto do autor ter morrido sem acabar este livro.
Como disse e bem Ruy Belo no prefácio "ninguém pode dizer qual o aspecto final que a obra teria se Saint-Exupéry a tivesse podido acabar." (a citação é feita de memória - por isso as palavras podem não ser estas mas o sentido é).
Do que li deste autor é a obra que mais mexeu comigo em mais de um sentido.
Uma obra imortal e de uma profundidade assombrosa...
2 comentários:
Já somos dois a não ter lido o Princepezinho eu também não o li e confesso nunca tive sequer curiosidade em ler. Talvez por nunca ter lido nada do autor...
parabéns pelo blog.
csd
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