Ou como disse um critico "Christopher Moore é um homem muito doente, no melhor sentido da palavra."
Imaginem a história do Rei Lear de Shakspeare. Juntem-lhe uns pozitos de outras peças do mesmo autor, misturem o sentido de humor e a escrita inigualável de Christopher Moore e podem imaginar o resultado.
Homem de infinita graça, Pocket foi o bobo acarinhado de Lear durante anos; desde a época em que as filhas adultas do rei – a egoísta e ardilosa Goneril, a sádica Regan, (mas sexy a ponto de despertar fantasias eróticas), e a doce e leal Cordélia – eram apenas raparigas. Naturalmente que Pocket fica do lado do seu velho e tonto amo, quando Lear – insidiosamente encorajado por Edmund, o bastardo (em todos os sentidos possíveis e imaginários) – exige que as filhas lhe jurem o seu amor e devoção perante um grupo de convidados. É óbvio que Goneril e Regan ficam radiantes por poder lamber o rabo ao pai, enquanto Cordélia acha o pedido um tanto… bom… um tanto estúpido e a sua rude honestidade acaba por lhe custar a parcela do reino, que seria sua por direito, ainda acabando por ser expulsa ao pontapé. Agora, Pocket terá de recorrer a manobras bastante sofisticadas – lançar feitiços, instigar assassínios e provocar uma ou duas guerras (a treta do costume) – para conseguir que Cordelia volte a cair nas boas graças do Pai Lear, frustrando as manobras demoníacas das perversas irmãs e salvando de repetidos espancamentos o aprendiz de bobo, Drool, seu amigo gigantesco, desmesuradamente lerdo e invariavelmente lascivo … sem se esquecer de fornicar com todas as jovens apetecíveis… que pelo caminho se disponham a tal. Pocket pode ser um Bobo… mas não é um idiota.
Aqueles que leram “o Anjo mais estúpido” já estarão familiarizados com as advertências do Autor no inicio dos livros, para os outros aqui fica uma pérola (só espero que não me venham lixar com os direitos de autor…). Deliciem-se:
AVISO
Esta história é indecente. Nestas páginas encontrará cópulas gratuitas, assassínios, espancamentos, mutilações, traições, vulgaridade e profanidade a níveis até hoje inexplorados; bem como uma gramática não tradicional, infinitivos com advérbios pelo meio e cenas impares de masturbação… Se esse tipo de situações o incomodam, queira por favor ignorá-lo, gentil Leitor, pois o nosso propósito é apenas divertir e não ofender. Se, pelo contrário, acha que gosta desse tipo de situações, descobriu a história perfeita!
5 comentários:
Eu só ontem é que soube que este livro já tinha saido e tu já o puseste aqui!?
Isso é que é trabalhar rápido...
trabalhar rápido e ler rapido... tropecei nele ontem por acaso nem sabia que já tinha saido (nem sequer que estava pra sair)
Mas isso só prova que o livro é bom de ler...
Dos livros que li dele este é sem dúvida alguma o melhor.
Garante gargalhadas de inicio ao fim.
E devo dizer que antes deste li o "Guia pratico para cuidar de demónios" do mesmo autor e fiquei um pouco desiludido... esperava menos "romance" e mais comédia...
Continuo a preferir o anjo mais estupido talvez por ter sido o primeiro livro que li dele...
Quanto ao "Guia prático..." é um tipo diferente de humor mais subtil menos descarado que no Bobo ou no Anjo mais estupido mas está lá tudo o que faz de Moore um dos Grandes
e para quando uma postagem sobre o "Lamb"?
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